A DE SEMPRE, TODA ELA - Paul Éluard


Se eu vos disser: «tudo abandonei»
É porque ela não é a do meu corpo,
Eu nunca me gabei,
Não é verdade
E a bruma de fundo em que me movo
Não sabe nunca se eu passei.

O leque da sua boca, o reflexo dos seus olhos
Sou eu o único a falar deles,
O único a ser cingido
Por esse espelho tão nulo em que o ar circula
                                                       [através de mim
E o ar tem um rosto, um rosto amado,
Um rosto amante, o teu rosto,
A ti que não tens nome e que os outros ignoram,
O mar diz-te: sobre mim, o céu diz-te: sobre mim,
Os astros adivinham-te, as nuvens imaginam-te
E o sangue espalhado nos melhores momentos,
O sangue da generosidade
Transporta-te com delícias.

Canto a grande alegria de te cantar,
A grande alegria de te ter ou te não ter,
A candura de te esperar, a inocência de te
                                                   [conhecer,
Ó tu que suprimes o esquecimento, a esperança e
                                                   [a ignorância,
Que suprimes a ausência e que me pões no mundo,
Eu canto por cantar, amo-te para cantar
O mistério em que o amor me cria e se liberta.

Tu és pura, tu és ainda mais pura do que eu
                                                   [próprio. 

Tradução de António Ramos Rosa

ÁLVARO CAMPOS – Todas as cartas de amor são ridículas.

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor
Se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu
Tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor,
Se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca
Escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas…

(Álvaro de Campos)
Heterônimo de Fernando Pessoa
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PAULO LEMINSKI – 3 Poemas


Incenso fosse música

isso de querer ser
exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
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Esta vida é uma viagem

esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem
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Nunca cometo o mesmo erro

Nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez

ÉTICA MÍNIMA EM 15 MICROLIÇÕES - Márcia Tiburi

1- Ética é teoria que é ação, é pensar que é fazer na intenção de sustentar uma sociedade democrática;

2- Ética é questionamento da moral. Não é crítica abstrata que se contenta em fazer pouco caso do que critica, mas crítica concreta que é sempre autocrítica e superação do criticado na direção de algo melhor;

3- Sou ético quando incluo o outro - seja a pessoa, a sociedade ou a natureza – na minha perspectiva;

4- Sou ético se não me entrego à alienação moral, estética e política;

5- Sou ético quando não tenho medo de desagradar os donos do poder ou seus sacerdotes covardes com minhas interrogações sobre a sociedade, sua moral, estética e política;

6- Sou ético se me pergunto “o que estou fazendo com o outro?”;

7- Sou ético quando reflito sobre o respeito e o pratico;

8- Sou ético quando penso que a responsabilidade é coletiva;

9- Sou ético quando sou sincero com o outro e, antes, comigo mesmo;

10-Sou ético quando não tenho medo de aplicar princípios éticos a mim mesmo. Quando não pratico a corrupção e luto contra ela, pagando o preço da minha própria ação na contramão do estabelecido;

11-Sou ético quando admiro a diferença do outro;

12-Sou ético quando a diferença do outro que me perturba, me serve para minha própria autocrítica;

13-Sou ético quando não imponho meu modo de ver o mundo, mas abro meus valores e princípios ao debate;

14-Sou ético quando combato toda forma de autoritarismo, fascismo e negação da liberdade;

15-Sou ético quando, pensando, vejo-me grão de areia no cosmos, e vejo, além de mim, o tamanho da vida, do mundo, da natureza e, mesmo envenenado da miséria humana, não desisto de viver do melhor modo possível em nome da construção de uma condição mais justa para todos em escala social.
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SÓ O JUSTO É FORTE E LIVRE - Flávio Gikovate

 O generoso se vicia em receber elogios decorrentes de sua capacidade de abrir mão do que lhe pertence em favor de outras pessoas.

Como os elogios nos fazem muito envaidecidos, nos empurram na direção de buscarmos quantidades cada vez maiores de elogios semelhantes. Na prática, as pessoas generosas vão ficando muito dependentes da avaliação positiva dos outros, de modo que passam a tolerar mal a dor relativa à desaprovação das pessoas. De uma forma progressiva vão se tornando obrigadas a agir de acordo com o que os outros esperam delas para não terem que passar pela humilhação relacionada com a crítica.

A pouca tolerância à crítica torna as pessoas generosas muito dependentes do meio exterior e, de repente, portadoras de um novo tipo de fraqueza. Sim, porque não conseguem agir em benefício próprio nem mesmo quando isto está mais do que justificado e quando é esta a vontade delas. É interessante observar que uma das coisas que mais ofende um generoso é ser chamado de egoísta!

O generoso consegue ultrapassar o primeiro obstáculo na direção de se tornar uma criatura verdadeiramente forte na medida em que é capaz de tolerar bem as dores e frustrações inevitáveis da nossa existência. Porém, tropeça no obstáculo seguinte, uma vez que fica muito dependente da aprovação das pessoas, viciado em elogios derivados de sua capacidade de renunciar.

Como resultado disto, tenderá para ser o oposto do egoísta, ou seja, incapaz de agir de modo ponderado e desequilibrando a balança da justiça na direção oposta. Se o egoísta não pode deixar de receber porque é fraco e necessitado, o generoso não pode deixar de dar porque não suporta as críticas que recebe quando age em causa própria. O resultado final é que o generoso também se torna escravo de seu modo de ser e da aprovação dos outros.

Quem depende demais deste tipo de aprovação não pode agir com liberdade. Podemos dizer que livre é aquele indivíduo que pode agir de acordo com suas próprias opiniões. Nem sempre nossas opiniões coincidem com as das pessoas que nos cercam. Se não pudermos desapontá-las de forma alguma, seremos obrigados a abrir mão de nossas convicções, condição na qual nos sentiremos tristes. E, o que é mais grave, isto poderá nos levar a alterar o curso de nossas vidas de uma forma que também nos trará grande infelicidade.

Por exemplo, se uma moça generosa deseja se tornar uma atriz e sua família achar que se trata de uma carreira indigna e indecente – o que mesmo hoje em dia ainda pode acontecer – ela estará diante de um sério dilema. Se não puder magoar e decepcionar seus pais, terá que renunciar aos seus projetos. Para executá-los, terá que enfrentar a dor relacionada com a perda da admiração deles.

Enfrentar este tipo de dor é, para a maior parte das pessoas generosas, um obstáculo enorme. O egoísta talvez não perceba sua dimensão porque, em defesa de suas necessidades, não se ocupa dos sofrimentos que impõe ao outro. Desapontar pessoas queridas, cuja admiração nos é muito gratificante, pode ser fundamental para que possamos agir de acordo com nossos desejos mais fortes. É legítimo fazê-lo, de modo que não se trata de ser egoísta – que é aquele que se apropria do que não lhe pertence.

Trata-se de exercer a própria vontade numa condição em que isso é legítimo. Acontece que, mesmo sendo legítima, poderá estar em desacordo com a opinião dos outros. É neste momento que o generoso terá que renunciar a esta postura extrema e se tornar uma criatura justa. Ou seja, tornar-se capaz de atribuir iguais direitos a si e aos outros, abandonando a tendência de abrir mão do que lhe pertence.

O forte, aquele que tolera as frustrações – tolerar não significa gostar delas; significa apenas não fugir da rota com o intuito de evitá-las – e também aquele que não abre mão dos seus direitos nem mesmo por medo de perder a admiração e o amor das pessoas, é um tipo humano que não é nem egoísta e nem generoso. É o justo. E o justo é também o indivíduo livre, o que tem força interior para tentar agir de uma forma coerente com o que pensa.

Sem subestimar as dificuldades que possamos ter para chegar a ser um forte, penso que deveríamos nos programar para tentar atingir este objetivo interior. Quanto mais próximos estivermos deste ideal, mais bem equipados estaremos para enfrentar a fascinante aventura de viver.
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PILEQUE HOMÉRICO - Sidarta Ribeiro

Lembrar que Trump será detentor dos códigos nucleares dos Estados Unidos evoca um episódio sinistro de Black Mirror, um pesadelo em animação suspensa

Acordei confuso e assustado, sem saber ao certo que dia era, com a sensação esquisita de teto baixo, luz mortiça e cheiro de mofo. O desconforto da ressaca de uma festa que não valeu a pena, o constrangimento de ter esquecido como exatamente chegamos aqui.

Torto como se o tempo houvesse esquentado, fervido, derretido e voltado a endurecer bem deformado.

Um gosto estranho de 1988 na boca, déjà-vu tolo e cafona que nem por isso é menos letal. Quem diria em 2013 que a gente ia se dar tão mal?

Recapitulando: em poucas décadas haverá mais idosos do que jovens no Brasil. A hora de investir em educação e saúde é agora, para que o povo do futuro seja são e safo. Mesmo assim, o governo resolveu sustar por 20 anos os novos investimentos estatais. A mutilação já começou.

Não haverá, por exemplo, novas bolsas de residência médica em 2017. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) foram subordinados a uma “Coordenação Geral de Serviços Postais e de Governança e Acompanhamento de Empresas Estatais e Entidades Vinculadas”, no quarto escalão de um novo ministério chamado MCTIC.

Está sendo rapidamente desmontada no Brasil a rede de geração de conhecimentos e formação de pessoal altamente qualificado construída a duras penas desde os anos 1950. Esse verdadeiro cavalo de pau na qualificação do povo brasileiro deixará marcas profundas.

Sinal dos tempos desse porre cavalar da experiência humana, em toda parte o pessimismo impera. Donald Trump conquistou a presidência dos Estados Unidos isolado de quase todo o sistema de representação política, mas em contato direto com a massa furiosa que o elegeu. Escrupulosamente despido ao longo da campanha, despojado de todas as máscaras exceto a da intolerância, Trump usou e abusou da retórica de violência, discriminação e intimidação.

Apesar disso – ou por causa disso – recebeu das urnas o poderosíssimo mandato de chefe do mundo. Lembrar que Trump será detentor por no mínimo quatro anos dos códigos nucleares dos Estados Unidos evoca um episódio sinistro de Black Mirror, um necrofilme de Tom Burton, um pesadelo em animação suspensa do século 21. Só nos resta torcer para que o líder novato seja mais playboy do que cowboy.

Mas nem tudo são espinhos nesse estranho novo tempo. Até no espesso retrocesso há brechas por onde brotam sementes do futuro. Em decisão histórica, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) posicionou-se claramente a favor da descriminalização da maconha. Ainda em novembro, oito estados americanos, inclusive a imensa Califórnia, aprovaram o uso medicinal ou recreativo da cannabis. A legalização e regulamentação da planta em todo o planeta tornou-se uma meta efetivamente possível, cada vez mais provável, necessária, urgente. Afinal, para curar esse pileque homérico do mundo será preciso flores. Muitas flores.

Mudanças na experiência de linguagem afetam todas as funções psicológicas: memória, atenção, emoção e percepção. Quarto: fazer uma afirmação envolvendo a noção de “ressignificação”, conceito linguístico, amplamente apropriado pela psicanálise, é empregar uma noção externa às ciências do cérebro, realizando uma autocontradição flagrante entre o que se quer dizer e os meios argumentativos empregados para tal.

Tolice vem do latim, stultos, ou seja, “obtuso, lento e embotado”. Obtuso é aquele que incorre em falta de rigor, como se vê em juízos genéricos sobre áreas tão extensas como psicanálise e neurociência. Lentidão é atraso e fixação no passado, talvez em algum ponto entre 1924 e 1993.



Embotado é aquele que perdeu o fio, a sensibilidade ou a energia, deixando de ler as últimas pesquisas científicas. Izquierdo, deixe de ser tolo e “ressignifique” sua entrevista, agindo como um cientista de verdade.

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO - Christian Ingo Lenz Dunker

Em 27 de outubro de 1924 Freud foi capa da Time como um dos maiores cientistas de sua época.  Em 1993, a mesma revista anunciava: “Freud está morto”. De lá para cá, a psicanálise desenvolveu um interessante e controverso debate com a neurociência. Com é próprio das ciências, certas ideias, que parecem obviamente equivocadas em um momento, depois são redescobertas, assim como métodos e fatos promissores ganham e perdem relevância em razão da oscilação entre modelos concorrentes.

Uma síntese possível do atual estado do debate diria que a neurociência, menos do que refutar a psicanálise, a demonstra – conforme a opinião de psicanalistas de diferentes tendências, como Gerard Pommier e Peter Fonágy. Inversamente, pesquisadores como Eric Kandel, ganhador do Nobel, e o sul-africano Marc Solms afirmam que o método psicanalítico de tratamento pela palavra encontra fortes subsídios nas descobertas obtidas pelas novas tecnologias de neuroimagem e mapeamento cerebral.

A psicanálise não é uma teoria sobre o cérebro, mas um método de tratamento pela palavra. Não há nenhuma incompatibilidade, apenas a que é própria da ciência, para reunir achados de diferentes origens.

Mas há sempre cientistas que vivem fora de sua época, seja ela 1924 ou 1993. Ivan Izquierdo é um caso paradigmático deste tipo de burocrata da ciência que extrapola as regras do jogo científico querendo levar sua autoridade para além de onde ela foi estabelecida. Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, em 18 de junho, ele afirma que “a psicanálise hoje é um exercício estético, não um tratamento de saúde. Se a pessoa gosta, tudo bem, não faz mal, mas é uma pena quando alguém que tem um problema real, que poderia ser tratado, deixa de buscar um tratamento médico achando que a psicanálise seria uma alternativa”.

Uma ótima síntese de como é possível alguém que, por posição e ofício na Academia Brasileira de Ciências, deveria representar o conjunto da pesquisa efetivamente praticada no país, mas, em vez disso, deixa-se levar pelo interesse em valorizar sua própria área de investigação.

O espírito de corrupção, que domina nosso país, não é imune aos órgãos de controle e representação da ciência. 

Primeiro: há um desconhecimento soberbo das pesquisas que demonstram a eficácia da psicanálise como método de tratamento, incluída entre as terapias psicodinâmicas de longo prazo. 

Segundo: existe uma ignorância inaceitável com relação ao fato de que todo tratamento possui potenciais efeitos iatrogênicos, logo, a psicanálise também. 

Terceiro: em defesa das terapias cognitivas, ele argumenta, na mesma matéria, que “mudar uma palavra ressignifica toda a memória”, exatamente como a psicanálise sempre postulou.

FELIZES DESCOBERTAS - Gláucia Leal

Para a psicologia, a sorte está mais associada à maneira como 
vivemos as experiências do que aos fenômenos em si.

O que você pensa quando diz ou ouve votos de boa sorte? Que as forças do acaso se alinhem para satisfazer seus desejos? Esse anseio pode até ser atraente, mas para a psicologia a sorte está mais associada à maneira como vivemos as experiências do que aos fenômenos em si. Se por um lado essa visão convida ao abandono de expectativas sedutoramente mágicas, por outro nos confere maior autonomia.

Obviamente existem percalços, frustrações e dor no caminho de qualquer um, mas a quantidade de apego que creditamos ao sofrimento pode mudar nossa história – para o bem ou para o mal.

Segundo pesquisadores que abordam o tema nesta edição, não se apegar ao azar parece ser um dos mais eficazes segredos dos sortudos. “Sorte é acreditar que somos sortudos”, afirmou o dramaturgo Tennessee Williams. 

O psicólogo inglês Richard Wiseman garante que suas palavras são sábias. E fala com propriedade, já que há anos estuda o funcionamento mental tanto de pessoas que acreditam ter uma “boa estrela” quanto daqueles que têm convicção de serem acompanhados pela vida afora por uma nuvem cinzenta.

Outra frase interessante sobre o assunto é atribuída a Louis Pasteur, o inventor da pasteurização e da vacina antirrábica: “O acaso só favorece a mente preparada”. Tudo a ver com serendipidade. A palavra árabe vem do vocábulo Sarandib, antigo nome da Ilha do Ceilão, atual Sri Lanka. 

O termo foi empregado pela primeira vez pelo escritor inglês Horace Walpole para falar da possibilidade de encontrar coisas boas, mesmo que não estejamos procurando exatamente por elas. 

Ele cita uma história persa, Os três príncipes de Serendip, na qual os personagens são agraciados com o que chama de descobertas felizes, por acidente ou pela própria esperteza.

Mas isso só acontece quando se permitem desfrutar da oportunidade de receber esses “presentes” – que ganham valor quando são reconhecidos como tais e os protagonistas se apropriam psiquicamente deles.

A propósito, é justamente isso que esperamos que você encontre nesta edição de aniversário – descobertas felizes.

ISTO VAI PASSAR - Arafat Cossa



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ARAFAT COSSA
Após essa postagem, tivemos o grande prazer de conhecer(via Facebook) esse 
Escritor, Apresentador, Cientista da Comunicação e Palestrante Motivacional de MAPUTO, MOÇAMBIQUE.
Esperamos em breve postar mais coisas desse jovem e talentoso comunicador.
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VÍDEO - CONHECE A TI MESMO - Leandro Karnal


SÊNECA - Saber Desfrutar Todos os Tempos

Nós mostramo-nos ingratos em relação ao que nos foi dado por esperarmos sempre no futuro, como se o futuro (na hipótese de lá chegarmos) não se transformasse rapidamente em passado.

Quem goza apenas do presente não sabe dar o correcto valor aos benefícios da existência; quer o futuro quer o passado nos podem proporcionar satisfação, o primeiro pela expectativa, o segundo pela recordação; só que enquanto um é incerto e pode não se realizar, o outro nunca pode deixar de ter acontecido.

Que loucura é esta que nos faz não dar importância ao que temos de mais certo? Mostremo-nos satisfeitos por tudo o que nos foi dado gozar, a não ser que o nosso espírito seja um cesto roto onde o que entra por um lado vai logo sair pelo outro!
Lucius Annaeus Sêneca - Roma Antiga
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ISTO VAI PASSAR - Arafat Cossa



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ARAFAT COSSA
Após essa postagem, tivemos o grande prazer de conhecer(via Facebook) esse 
Escritor, Apresentador, Cientista da Comunicação e Palestrante Motivacional de MAPUTO, MOÇAMBIQUE.
Esperamos em breve postar mais coisas desse jovem e talentoso comunicador.
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SUPERSTIÇÕES, COINCIDÊNCIA?

Ver um gato preto desperta uma sensação desagradável em muita gente;
estudos mostram por que a crença no sobrenatural é tão enraizada: supor
associações, inclusive onde elas não existem, pode ter suas vantagens

Nós vivemos em tempos de busca de comprovações. No entanto, a astrologia, a vidência e a magia não perderam sua atratividade. Pelo contrário: no Brasil não há levantamentosespecíficos sobre o tema, mas muita gente ainda bate três vezes na madeira para espantar o azar e certamente vai repetir a roupa que acredita lhe trazer sorte. Que o digam os jogadores da Seleção Brasileira. Entre os alemães, por exemplo, a crença em bons ou maus augúrios está hoje mais disseminada do que há um quarto de século, relatou o Instituto de Opinião Pública de Allensbach após uma enquete em 2005. 42% dos entrevistados consideravam, por exemplo, o trevo de quatro folhas um bom sinal. 

Segundo dados da National Science Foundation de 2002, mais de 40% dos americanos estão convencidos: o diabo, espíritos ou fenômenos sobrenaturais, como curas milagrosas, realmente existem.

Nem mesmo cientistas estão livres de superstições: em 2008, Richard Coll e seus colegas da Universidade de Waikato, em Hamilton, Nova Zelândia, entrevistaram 40 representantes de diversas disciplinas – entre eles, físicos, químicos e biólogos – sobre sua opinião a respeito de fenômenos sobrenaturais. Vários acreditavam no efeito curativo de pedras preciosas, outros, na existência de espíritos ou extraterrestres, e quase sempre com base em experiências pessoais ou em relatos convincentes. Alguns disseram que amigos e parentes teriam sido curados de graves doenças por meio de um apelo a um poder maior. Os céticos, por sua vez, justificavam quase sempre sua postura de rejeição com considerações teóricas.

Conclusão: a crença no sobrenatural não deixou de existir de forma alguma em tempos de ciência moderna. As pessoas tendem a imaginar que eventos concomitantes têm uma relação causal entre si, apesar de, na verdade, serem independentes. Quem experimenta o sucesso em diferentes situações e por fim percebe que esteve sempre usando a mesma jaqueta nesses momentos, provavelmente logo vai considerá-la o seu talismã pessoal – sem procurar as causas reais para o sucesso.

Animais apresentam um comportamento semelhante – isso foi demonstrado pelo psicólogo americano Burrhus Skinner em 1948, em seus experimentos sobre o condicionamento operante, nos quais um comportamento que surge espontaneamente é reforçado pela recompensa. Em seu experimento que se tornou famoso como a “superstição entre as pombas”, os pássaros em uma gaiola tinham acesso à comida regularmente por um curto período de tempo.

Paulatinamente, eles começaram a repetir suas ações ocasionais imediatamente antes da liberação do alimento: saltitavam, bicavam ou se viravam. As pombas reforçaram o comportamento que haviam associado ao recebimento da ração – o que para Skinner era uma consequência inevitável do aprendizado pela recompensa.

Vários psicólogos tentaram transferir o experimento de Skinner com as pombas para os seres humanos. Em 1987, o pesquisador Koichi Ono, da Universidade de Komazawa em Tóquio, espalhou sobre uma mesa três caixas, cada uma com uma alavanca na parte superior. Um contador em uma lateral móvel saltava em intervalos aleatórios para o próximo número mais alto acompanhado de um zumbido e uma luz vermelha. Além disso, três lâmpadas sempre voltavam a se acender ao acaso. Os 20 voluntários que participaram do estudo deviam obter o
valor mais alto possível no contador por meio de qualquer comportamento, de preferência criativo.

Dois deles desenvolveram, no decorrer do experimento, algo semelhante a um comportamento supersticioso, um deles especialmente marcante: certa vez, o contador se moveu justamente quando a mulher estava pulando da mesa – em seguida, ela passou a saltitar incansavelmente para elevar de novo o resultado. Quando ela tocou o teto com o sapato na mão, a lâmpada também se acendeu, o zumbido soou e um ponto adicional surgiu no contador. Então a voluntária passou a se esticar, apontando o sapato para o teto ao pular até desistir antes do término do experimento – provavelmente por exaustão, como escreveu o coordenador do estudo.

Koichi Ono concluiu que um ritual pode reforçar a si mesmo quando a pessoa sempre volta a repeti-lo seguidamente, sem intervalo, já que nesses casos a probabilidade é maior de que ele ocorra, por coincidência, simultaneamente ao efeito desejado. Como em seu experimento apenas dois sujeitos desenvolveram rituais constantes, ao que tudo indica a “superstição pela recompensa” de Skinner não pode ser tão facilmente transferida de aves para pessoas. Diferentemente dos animais, o homem tem uma ideia bastante clara de como o mundo funciona, de forma que algumas associações lhe parecem plausíveis; outras, por sua vez, absurdas. Mas então, de onde vem nossa tendência a atribuir causas injustificadas a determinados acontecimentos?

Os biólogos Jan Beck e Wolfgang Forstmeier sugeriram em 2007 uma estratégia de aprendizagem simples na qual a superstição surge como produto secundário inevitável. Fundamentalmente, as pessoas supõem uma relação causal quando observam a realização simultânea (uma coincidência) de dois acontecimentos ou ações. Uma ou duas coincidências já bastam para uma suposição como essa. O comportamento supersticioso, portanto, surge de forma relativamente rápida. Inversamente, são necessárias várias repetições da não simultaneidade para destruir uma suspeita.

Na avaliação de coincidências surgem dois tipos de erros:
1) Não existe nenhuma relação entre os fenômenos, mas a pessoa a presume mesmo assim. Os estatísticos designam este como erro do primeiro tipo.
2) Existe realmente uma relação, mas a pessoa a descarta: um erro do segundo tipo. Decisivo para o balanço são os “custos” de cada erro. Por exemplo, um movimento em um capim alto poderia indicar a aproximação de um tigre. Então seria um erro do segundo tipo (ou seja, a ignorância) que traria consequências fatais. Um erro do primeiro tipo seria a fuga rápida, sem pensar muito na questão sobre o que realmente significam as folhas de grama balançando.

MELHOR NÃO CORRER RISCO
Beck e Forstmeier supõem que para seres humanos a visão de mundo e o conhecimento sobre relações causais também influenciam a forma como as coincidências são avaliadas. Quem, portanto, sabe que na região não há tigres naturalmente também não precisa fugir. Essa avaliação, por sua vez, exerce influência sobre o conhecimento de mundo e melhora os fundamentos para todos os julgamentos seguintes. Tais considerações ocorrem extensamente de forma inconsciente e são constantemente reajustadas.

Se a tendência à superstição é uma vantagem para a sobrevivência, ela naturalmente também poderia ser hereditária. No início de 2009, os biólogos Kevin Foster e Hanna Kokko, da Universidade Harvard e da Universidade de Helsinque, respectivamente, publicaram um modelo matemático com o qual calcularam se a herança de comportamentos supersticiosos oferecia vantagens evolucionárias. “Supersticioso” significa aqui que os animais reagem a um estímulo ambíguo preferencialmente como se estivessem diante de um perigo real.

Os pesquisadores partiram do pressuposto de que indícios reais de uma ameaça nem sempre podem ser diferenciados dos falsos. Um predador que se aproxima sorrateiro pela mata pode ser percebido pelo farfalhar dos ramos, então existe um grande perigo. Mas o vento também provoca o movimento das árvores – uma situação totalmente inofensiva. Se ambos os sons não podem ser diferenciados com certeza, a reação supersticiosa a qualquer farfalhar é a variante mais segura.Com isso, um comportamento aparentemente supersticioso, segundo os pesquisadores, seria uma parte inevitável da capacidade de adaptação de toda espécie animal, inclusive dos humanos.

Caso isso esteja correto, todos os homens deveriam ser supersticiosos na mesma medida, mas a maioria das pesquisas mostra o oposto: a tendência à superstição está distribuída de forma muito desigual e depende também da psique de cada um. Os psicólogos Marjaana Lindeman e Kia Aarnio, da Universidade de Helsinque, perguntaram em 2006 a mais de 200 pessoas se compreendiam afirmações como “móveis antigos conhecem o passado” ou “um pensamento malvado está contaminado” literal ou metaforicamente. Eles queriam, com isso, descobrir se os sujeitos misturavam categorias como “vivo”, “espiritual” ou “inanimado”, ou seja, se atribuíam características imateriais a objetos. Além disso, as pessoas testadas tinham de decidir se, em sua opinião, haveria um sentido por trás de acontecimentos casuais – como por exemplo “os freios do seu carro não funcionam e você bate no carro de um desconhecido, com quem você mais tarde se casa”.

Para muitas crianças costuma parecer estranho que pessoas não "caiam" da Terra, já que o planeta é redondo Resultado: os sujeitos supersticiosos tendiam a atribuir características ou pensamentos espirituais a fenômenos puramente psíquicos. Além disso, presumiam com mais frequência uma intenção em acontecimentos totalmente casuais. Nesses casos, confiavam mais na sua sensação e menos na lógica analítica do que os céticos. Segundo Lindeman e Aarnio, a essência da superstição poderia então consistir em que as pessoas confundam características fundamentais de objetos mentais, físicos e biológicos. Mas como crenças também se alimentam da experiência, a superstição poderia também estar associada às vivências que acumulamos desde nossos primeiros anos de vida.

Os psicólogos Paul Bloom e Deena Weisberg da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, resumiram, em um trabalho de 2007, como a intuição da primeira infância poderia bloquear a compreensão de explicações científicas até a idade adulta. Logo nos primeiros anos de vida, desenvolvemos uma série de ideias sobre o funcionamento do mundo e sobre o comportamento de nossos semelhantes. Crianças muito pequenas já sabem, por exemplo, que as coisas continuam existindo mesmo quando desaparecem de seu campo de visão. Às vezes esses saberes, porém, colidem com os conhecimentos científicos. Por exemplo: as crianças têm consciência de que os objetos caem no chão quando os soltamos, e portanto lhes parece estranho que a Terra possa ser uma esfera. Afinal, as pessoas do outro lado do globo deveriam perder o equilíbrio.

Crianças de 4 anos, por sua vez, procuram em todas as coisas um objetivo – elas perguntam sempre “por que” e “para quê”. Por isso, têm dificuldade de compreender um desenvolvimento evolucionário com base em tentativa e erro. Como concluíram Bloom e Weisberg, as ideias não científicas se mantêm mais provavelmente até a idade adulta quando duas condições são preenchidas: as ideias precisam ser intuitivamente compreensíveis e ter origem em fontes confiáveis. Os autores concluem, com isso, que ideias pseudocientíficas, como o criacionismo, se manterão enquanto autoridades políticas e religiosas as apoiarem.
Thomas Grüter

CARL SAGAN - A última entrevista.




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A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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