ALBERTO GOLDIN - SOB NOVA DIREÇÃO


Tenho 35 anos, sou casada há oito e tenho um filha de 4. Há três anos, apaixonei-me por Robero, um colega de trabalho. Tivemos um breve relacionamento, mas nos asfastamos. Não queria me seprar com um filha pequena. Há poucos meses, este sentimento voltou, e estamos muito envolvidos. Tenho medo da separação, mas não sou feliz nos casamento. Meu marido não me escuta, não brigamos, ele evita conflitos. O problema sou eu: não sou feliz, quero um companheiro, receber um abraço quando chego em casa, ouvir eu te amo, ter vontade de fazer sexo, coisa que vai de mal a pior. Em Roberto encontrei amor, erostismo, diálogos intermináveis, compreensão e vontade de ter uma vida comum. Ele é casado, também não é feliz, e em pouco tempo, será livre. Moro num bairro nobre e separada não terei o mesmo padrão. Mas não agüento mais ser infeliz. Corremos conra o tempo, a vida passa rápido. Me sinto uma panela prestes a explodir!
Pâmela

SOB NOVA DIREÇÃO
Era m bom filme, contava uma história verossímil, com excelente fotografia e músicas que acentuavam as emoções. A tristeza em tom escuro dramático, e a alegria clara, luminosa, quase eufórica.
A carta de Pâmela também é um bom filme, ou melhor, são dois, com argumentos diferentes: quando se refere a Roberto, seu amante, os refletores se acendem, a música toca alegre e juvenil, como nas belas historias de amor. Já quando o personagem é seu marido, ocorre o oposto, são planos escuros, acordes graves e opacos, um relato em preto e branco, Até aqui é compreensível. A mulher que ama projeta filmes otimistas e , quando deixa de amar, acentua o desgaste de m relação que a prende com pesadas correntes de silêncio e escuridão. O s dois filmes se alte4rnam em sessão continua, porem, não refletem o passado nem descrevem o presente. Invente o futuro que, como todo futuro, é apenas uma hipótese sujeita a confirmação. Pâmela está em conflito, Deve-se se separar na esperança de uma nova vida, ou permanecer vegetando num casamento sem amor? A resposta é tão óbvia que desconfiamos. Se fosse simples e claro, não haveria conflito, nem carta para o jornal.
De nossa parte, sabemos que não devemos intervir na sua decisão. Cabe a ela fazer isso e assumir as conseqüências, felizes ou não.
Ainda assim, nos sentimos autorizados a fazer alguns comentários. São dois filmes, dois caminhos, duas historias simultânea e com sentidos opostos. Um casamento silencioso e desvitalizado e ma relação onde não faltam palavras, atenções, sexo e sentimento. Será que antes do encontro com Roberto o mesmo casamento era mais tolerável, ou foi a paixão clandestina que dividiu as emoções, idealizando um e esvaziando o outro?
De fato, são historias complementares, alimentadas pela mesma fonte, e é por isso que cada virtude do amante corresponde um defeito do marido, porque, como é sabido, todas paixão exagera virtudes e acentua defeitos.
Pâmela tem pressa em resolve seu conflito, mas acreditamos que por enquanto precisa esperar um tempo até qe os dois filmes sejam condensados num só. Além disso, se Roberto permance na sua casa e no seu casamento porque Pâmela deveria sair imediatamente? A hora de fazer isso será quando conseguir perceber os defeitos de Roberto e as virtudes do seu marido.. Nessa hora, estará mais madura e seu novo (e único) filme será um documentário, nau um romance , nem uma comedia, e , muito menos , uma tragédia.
Admito que é difícil esperar, porém, psso lhe garantir que a urgência nunca é prudente e se alimenta de dúvidas e medos de errar. As melhores decisões são as mais realistas, as que aceleram o processo de descoberta: como será o amaaaaantes perfeito quando virar marido? Quando O motel se transforma em residência própria? E, o mais importante, como será a Pâmela sob nova direção? Estas são as verdadeiras incógnitas que tomarão o lugar das certeza atuais. Os bons amores sobreivem a alguns meses de espera. Quando não sobrevivem é porque, infelizmente, não são tão bons amores.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Receita de Ano Novo


Receita de Ano Novo

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependidopelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

A REAÇÃO A UM ERRO INFLUENCIA SEUS ACERTOS FUTUROS - Ana Carolina Prado


Quando comete um erro, qual a sua reação? Você pensa “ok, na próxima eu acerto” ou “putz, sou um fracasso e nunca vou conseguir fazer nada direito”? Um estudo publicado no periódico Psychological Science descobriu que a sua atitude nesse momento pode influenciar seus acertos futuros. E mais: a forma como você reage aos erros está diretamente ligada à visão que você tem sobre sua própria inteligência. Algumas pessoas acreditam que a inteligência é algo constante e imutável, que não pode ser desenvolvida. Outras, porém, acreditam que é sempre possível melhorá-la com o tempo. A sua opinião a respeito dessa questão é mais importante do que se pensava.
Para realizar o estudo, pesquisadores da Michigan State University deram aos voluntários uma tarefa chatinha em que era fácil cometer um erro. Eles deveriam identificar a letra do meio de uma série de sequências com cinco letras, como “MMMMM” ou “NNMNN.” É até simples, mas depois que a tarefa se repete várias vezes, a mente se confunde mesmo. E aí a pessoa comete erros bobos, percebe imediatamente e se sente estúpida por causa disso. Durante os testes, os voluntários tinham sua atividade cerebral monitorada. O resultado mostrou que quem acredita que pode aprender com seus erros tem uma reação cerebral diferente de quem vê a inteligência como algo imutável.
Como o cérebro reage a um erro
Quando cometemos um erro, nosso cérebro faz dois sinais rápidos: uma resposta inicial que indica que algo deu errado (e Jason Moser, um dos autores da pesquisa, chama de fator “oh, droga!”) e um segundo indicando que a pessoa está consciente do erro e está tentando consertar o que fez de errado. Os dois sinais acontecem super rápido, cerca de um quarto de segundo após o erro.
Quem acreditava que a inteligência é algo que pode ser desenvolvido com o tempo e que, portanto, pode aprender com os erros, se saiu melhor depois de errar, recuperando-se rapidamente e acertando os testes seguintes. Foi possível observar uma diferença também na sua atividade cerebral: o segundo sinal (aquele que diz “cometi um erro, então devo prestar mais atenção”) foi mais intenso, indicando que elas têm o cérebro ajustado para ficar mais alerta depois de errar.
Isso pode ajudar quem é crítico demais em relação aos próprios erros a tentar dar uma relaxada: afinal, ficar se condenando só piora as coisas.

MÔNICA MONTONE - Balada do ser errante

Depois de um tempo você descobre que sua vida não passa de uma farsa
Que tudo o que você fez ou faça
É tão somente para ser bem visto e bem quisto pelos outros

Descobre que sua necessidade de trabalhar 20h por dia
Nada mais é do que um pretexto para se esquivar da própria agonia
Da terrível e temível sensação
De não ser aceito
Não ser perfeito

Descobre que até as roupas que USA
São escolhidas por você como um passaporte
Um cartão de ouro
Capaz de abrir as portas do matadouro social

Descobre que alguns amigos estão a seu lado
Não por admiração ou carinho
Mas porque você se esforça para ser especial
E porque eles podem lucrar algo
Nem que seja um telefonema no natal
Um cartão postal de viagens invejadas

Descobre que as pessoas não o conhecem
E não tem a menor idéia de quem você seja
Mas que no fundo elas não têm culpa disso
Pois foi você quem sempre fingiu ser o que não era

Depois de um tempo
Você descobre que nada disso faz sentido
Mas como está distante de tudo o que realmente é importante
Já não consegue voltar atrás!
Vive seus dias como um ser errante
À espera de um “milagre”:
Casamento, parceiro, dinheiro, emprego, filhos, felicidade

E enquanto a cidade se agita
Sozinho, no ninho
Você grita
E sente as dores de um parto que jamais aconteceu:
O seu!!!

USA APROVAM MEDICAÇÃO INÉDITA PARA INSÔNIA

Remédio é destinado a pessoas que acordam durante a noite 
e não conseguem voltar a dormir

Novo remédio: FDA aprova medicamento destinado para pessoas que acordam durante a noite e não conseguem voltar a dormir (D. Anschutz/Thinkstock)

A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou pela primeira vez uma medicação destinada especificamente às pessoas que acordam e não conseguem voltar a dormir no meio da noite.

O Intermezzo, fabricado pela empresa farmacêutica californiana Transcept, é uma formulação de baixa dosagem de Zolpidem, aprovado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1992.

"O Intermezzo só deverá ser usado quando a pessoa ainda tiver pelo menos quatro horas de sono. Não deve ser consumido com álcool ou com outro indutor de sono", anunciou a agência em um comunicado.

"Com esta dosagem mais baixa, há um risco menor de que a pessoa desperte ainda com excesso de medicamento no corpo, o que pode causar adormecimentos perigosos e prejudicar a capacidade de dirigir", explicou Robert Temple, do centro de avaliação e pesquisas da FDA.

Opinião de uma especialista brasileira:
Dalva Poyares
Neurologista do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

"Ainda não existia um remédio destinado ao problema específico de quem acorda no meio da noite e não consegue voltar a dormir. Esse problema é mais comum do que dificuldades para dormir.
O que existe são medicamentos que servem para uma pessoa pegar no sono e, por liberar substâncias durante a noite, realizam uma manutenção do sono, impedindo que o indivíduo acorde."

CARLOS HEITOR CONY - Receita padrão de adultério

Não suportou mais e foi procurar o amigo escritor. Era amizade antiga, mas distante. De há muito o considerava um péssimo caráter, capaz de cometer qualquer miséria desde que tivesse lucro com uma mulher ou com um assunto que lhe desse inspiração. Aproveitava-lhe a sabedoria, mas evitava contagiar-se com a devassidão de sua vida abominável.
Ele desejava mudar o nome do prédio onde morava (Babilônia), aconselhara-se com o amigo, haveria uma reunião de condomínio e o escritor incentivou-o, que fosse formidando ao fazer a proposta.
- Formidando? Quê que é isso?
- Uma expressão clássica, Raul Pompéia usava muito em "O Ateneu", o professor Aristarco era formidando. Significa formidável, feroz, tonitruante.
- É isso aí! Serei formidando!
A reunião foi numa sexta-feira, à noite, nada teve de formidanda. No sábado, ele voltou ao amigo.
- Como é? Você foi formidando?
- Formidando uma ova! Foi um desastre!
- Mas por que diabo você quer mudar o nome do prédio?
Abriu-se. Pela primeira vez na vida, abria-se.
Tinha medo de ser traído. Sabia que as mulheres depois de certa idade sofriam crises, as tentações eram muitas. Ele achava que o nome "Babilônia" era um péssimo agouro. Mas reconhecia que não adiantava mudar o nome do prédio.
- É. Não resolve mesmo, admitiu o amigo.
- Você seria capaz de dar em cima da minha mulher?
A pergunta, à queima-roupa, desorientou o escritor, que apesar de cínico não estava preparado para ela.
- Não. Ela é muito magra.
- Era. Agora engordou um pouco.
Para ser fiel ao papel de cínico, o amigo novamente admitiu:
- Bem, se está no ponto, por que não?
- Você gosta de mulher gorda?
- Nada disso. Mas mulher magra foi uma impostura dos costureiros, dos modistas. São, em geral, pederastas. Odeiam a mulher. Querem os homens todos para eles e o melhor modo de eliminar a concorrência é obrigar a mulher a ficar ossuda, sem carnes. As idiotas fazem regime, ficam com as pernas que parecem palitos, a bunda vira uma tábua. Não é à toa que os homossexuais terminam levando vantagens. Agora, veja, as fêmeas bíblicas, a mulher das Escrituras, as mulheres de Renoir, de Rubens, as madonas, a "Fornarina" de Rafael...
- Bem, eu não entendo muito disso, mas acho que você tem razão.
- Uma porrada de razão! Os homens gostam e se casam com mulheres magras para a exibição, o jogo social. Na hora de rebolar na cama, preferem as gordinhas, as falsas magras...Todas as amantes dos meus amigos são assim...
- Eu não tenho amantes, Otávia me basta.
O amigo ia dizer qualquer coisa, freou-se a tempo.
- Você acha que sua mulher seria capaz de um adultério?
- Sei lá.
- Bom, em princípio todas as mulheres são capazes disso. Elas têm a matéria-prima do adultério: o sexo e o marido. Falta apenas o beneficiamento, que é o terceiro elemento, o amante, que não é difícil de encontrar. Mas fique sabendo, nenhuma mulher nasce adúltera, como os poetas que nascem poetas. Ela se faz, como os oradores. Ou melhor, o marido é que a faz adúltera.
- Você já cometeu adultério?
O amigo fingiu que não ouvira bem, mesmo assim tirou o corpo fora:
- Eu sou solteiro!
- Não é isso que quero dizer. Pergunto se você já cometeu adultério com alguma mulher casada?
- Que eu saiba, não. Não gosto de adultérios. Eles precisam de hotéis sórdidos, exigem códigos ridículos, praticam ritos abomináveis, dificilmente se comete adultério em paz de espírito.
- Isso é necessário? Essa paz de espírito?
- Tanta mulher no mundo, porque escolher uma que pode dar problema?
- O problema pode compensar.
Calaram-se por um tempo. O escritor ofereceu um uísque.
- Bem, por hoje chega. Aprendi bastante. Outro dia apareço.
- Você tem lido meus livros? -a pergunta foi também à queima-roupa.
- Não. Otávia acha-os indecentes e eu termino escondendo-os. Na última mudança, sumiram.
- Ainda bem. Qualquer que seja a solução do seu caso, mantenha-me informado. Você pode me dar bom assunto.

ARNALDO JABOR- O ataque do ''vírus da irrelevância"

Um amigo meu, muito culto, tem um filho muito "conectado" na internet. E o menino disse a ele: "Pai, você sabe tudo que já aconteceu, mas não sabe nada do que está acontecendo". O pai, como todos nós, embatucou. A mutação cultural dos últimos anos foi tão forte, a turbulência no mundo pós-industrial dissolveu tantas certezas, que caímos num vácuo de rotas.

Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, artistas e pensadores vivem perplexos - não sabem o que filmar, escrever, formular. Em geral, recorrem às atitudes mais comuns nas turbulências: desqualificar os fatos novos e reinventar um "absoluto" qualquer. Sinto em mim mesmo como é difícil criar sem esperança ou finalidade. Como era gostoso nosso modernismo, os cinemas novos, os movimentos literários, as cozinhas ideológicas. Os criadores se sentiam demiurgos falando para muitos. 

Agora, na falta das "grandes narrativas" do passado, estamos a idealizar irrelevâncias, como se ali estivessem pistas para novas "verdades" a desvelar - a aura deslizou da obra para o próprio autor.

Hoje, as palavras que eram nosso muro de arrimo foram esvaziadas de sentido e ficamos à deriva. Por exemplo, "futuro". Que quer dizer? Antes, era visto como um lugar a que chegaríamos, um lugar no espaço-tempo, solucionado, harmônico, que nos redimiria da angústia da falta de "Sentido". 

Agora, no lugar de "futuro", temos um presente incessante, sem ponto de chegada. Pela influência insopitável do avanço tecnológico da informação, turbinado pelo mercado global, foram se afastando do grande público as criações artísticas e literárias, as ideias filosóficas, os valores. 

Em suma, toda aquela dimensão espiritual chamada antigamente de cultura que, ainda que confinada nas elites, transbordava sobre o conjunto da sociedade e nela influía, dando um sentido à vida e uma razão de ser para a existência. Mais ou menos isso Vargas Llosa escreveu outro dia no El País, num ensaio chamado A Civilização do Espetáculo.

A verdade é que passamos da ilusão para o desencanto.

Temos hoje uma "horrenda liberdade" sem fins, porque (vamos combinar) os criadores querem mesmo é ser eternos, inesquecíveis, mesmo os mais radicais "instaladores" contemporâneos.

Nunca tivemos tantos criadores, tanta produção cultural enchendo nossos olhos e ouvidos com uma euforia medíocre, mas autêntica. Há uma grande vitalidade neste cafajestismo poético, enchendo a web de grafites delirantes. Não sei em que isso vai dar, mas o tal "futuro" chegou; grosso, mas chegou.

Talvez este excesso de "irrelevâncias" esteja produzindo um acervo de conceitos "relevantes", ainda despercebidos. Podemos nos dedicar ao micro, ao parcial, podemos nos arriscar ao erro com mais alegria; mas, isso não pode justificar um desprezo pela excelência. E o pior é que as tentativas de "grande arte" são vistas com desconfiança, como atitudes conservadoras, diante da cachoeira de produções que navegam no ar. Isso me lembra o tempo em que achávamos que o "fluxo da consciência", "the stream of consciousness" ou até o discurso psicótico encerravam uma sabedoria insuspeitada. 

Será que houve a morte da "importância"? Ou ela seria justamente esta explosão de conteúdos e autores? O "importante" seria agora o quantitativo? Não sei; mas, se tudo é "importante", nada o é. A importância de uma obra reside no grau de decifração da vida de seu tempo e para onde ela aponta, mesmo no túnel sem luz.

Se olharmos as obras-primas de, digamos, Jan Van Eyck, o gênio holandês, vemos ali todo o espírito da Idade Média, revelada nos detalhes mais banais, mesmo nas encomendas de príncipes ou cardeais.
Escrevo estas coisas porque meu artigo de hoje é a propósito de um "importante" ensaio de Alcyr Pécora de 23 de abril, no Prosa e Verso de O Globo, sobre a crise de nossa literatura. Alcyr acha que fomos atacados por "um vírus de irrelevância".

Ele escreveu:
"É como se o presente se absolutizasse e não mais admitisse um legado cultural como patamar exigente de rigor para sua produção(...) é como se alguma coisa se introduzisse na cultura e a tornasse inofensiva, doméstica. (...) A ação já se apresenta como narrativa, como ocorre nos reality shows, em que as pessoas, antes de agir, representam ou narram a ação que lhes cabe, como se todo mundo fosse interessante o bastante para ser visto/lido (...) Não basta haver conhecimento; tem de se produzir o que não é e o que não há (...) Na arte, não há nenhum valor simbólico que substitua o objeto (...) não há atitude ou opção ideológica que permita saltar sobre os mecanismos da composição (...) Perdida a noção de herança cultural, perde-se a de crítica, de autocrítica, e naturalmente a de criação (...) Escrever literatura é um gesto simbólico que traz uma exigência: a de ser de qualidade (...) A recusa de muitos escritores de sequer considerar o impasse atual tem qualquer coisa de cegueira deliberada (...) Atitude resolve problemas do roqueiro, mas não resolve a questão da literatura".

No entanto, as questões levantadas pelo professor não tiveram repercussão teórica maior, além de reclamações mal-humoradas de que ele seria um crítico "estraga-prazer, um intrometido".

Contudo, é preciso que esses tópicos sejam discutidos, com ou sem polêmicas, pois, na tal conversa do pai erudito com o filho conectado, a resposta do pai poderia ser: "Você acha que sabe tudo que está acontecendo e nada sabe sobre o que já aconteceu".

Por isso, dou uma pequena contribuição ao assunto: tenho um filho de 11 anos, João Pedro. Eu, zeloso pai, botei o Quarteto de Cordas op. 133 de Beethoven para que ele ouvisse um momento máximo da história da música. Ouviu tudo atentamente enquanto, no ritmo exato do quarteto, jogava um game, o Hell Kid no iPad.

MARTHA MEDEIROS - "MEDIANERAS"

Nunca foi tão cômodo ser solitário, 
e o ermitão deixou de ameaçar: agora, ele é cool.

Medianeras é o nome do novo filme argentino que está em cartaz no Brasil. Corri pra ver e descobri o significado do título: medianera, em espanhol, é aquela parte do edifício que não tem janela. É a lateral de concreto sem serventia pro morador, que o deixa sem comunicação com a cidade e que só é utilizada para a colocação de anúncios publicitários.

Pois esse paredão é o símbolo do filme, que conta a história de Mariana, uma garota que vive sozinha num pequeno apartamento de Buenos Aires, e de Martin, que vive sozinho em outro pequeno apartamento na mesma rua. São vizinhos de prédio, mas nunca se viram.

O que seria impensável num pequeno vilarejo – dois vizinhos que não se conhecem –, nas grandes cidade se tornou banal. O diretor Gustavo Taretto acredita na influência das metrópoles na vida de seus habitantes e criou uma fábula cinematográfica sobre a ambiguidade dos tempos de hoje: o que nos une é, ao mesmo tempo, o que nos separa.

Estamos todos conectados, mas pouco nos comunicamos. A fartura de redes sociais e a superpopulação urbana dão a impressão de que convivemos com nossos pares, mas o que a tecnologia e a arquitetura fazem, cada uma a seu modo, é oferecer um certo conforto para a nossa clausura. Nunca foi tão cômodo ser solitário.

Tudo conspira para que tenhamos uma boa vida em nossa própria companhia: o computador, os celulares e a variedade de serviços de tele-entrega, que trazem à porta comida, DVDs, revistas, medicamentos, livros e até sexo. Sair de casa pra quê?

Antigamente, o ermitão era uma anomalia da sociedade, desconfiava-se dele: qual será sua tara? Hoje, pesquisas apontam para uma quantidade cada vez maior de pessoas morando sozinhas. O isolamento virou tendência. E o ermitão deixou de ameaçar: agora, ele é cool.

Para fugir da resignação – a solidão pode ser prazerosa, mas é uma resignação –, é preciso atravessar paredes. Mariana e Martin são dois jovens beirando os 30 anos que estão se desacostumando a se relacionar com gente de carne e osso. Têm dificuldade de conversar em primeiros encontros e só se sentem eles mesmos no refúgio de seus cafofos.

É uma vida escura. É um filme escuro. Que só começa a se iluminar quando, cansados da claustrofobia física e também emocional, resolvem abrir uma janela na medianera. Um buraco clandestino naquele paredão inútil, para que permitam a entrada de um pouco de luz e possam enxergar o que acontece lá fora.

É comum os solitários justificarem sua solteirice dizendo: os homens são todos iguais, as mulheres são todas malucas, não há ninguém interessante. De fato, encontrar alguém que seja o nosso número é mesmo uma espécie de “Onde está Wally?”. Mas com um pouco de romantismo, muita sorte e fazendo a sua parte – quebrando a parede e inventando uma janela –, o happy end pode ser avistado lá embaixo, caminhando pela calçada.

KÁTYA CHAMMA - COM SUÍTA

- Quem comeu o meu bombom?
E você com aquela cara-de-não-sei-de-nada, finge que não olha prá filha, que anda pela casa atrás do possível ladrão.
- Olha lá, ein? Sumiram com o meu bombom...
Que coisa, né? Isso não se faz. Mas o certo é que não fazem mais dietas como antigamente. O camarada oferecia um chopp e era quase banido da sua lista social.
- Nem pensar! Tô de dieta. Me admira você, Waldemar, com toda essa barriga.
E o sujeito, muito sem graça, ainda esboçava um sorriso de desculpas.
Em casa então, o maior apoio. Nada de sobremesas fartas e docinhos prá beliscar. Durante o jogo do Brasil, no máximo umas bolachinhas de água e sal. E olhe lá.
Hoje em dia, a esposa aparece sala a dentro, trazendo uma travessa de fritura e você emite um sonoro Eca!!
- Mas é peixe, benhê! Agulhinha...
- Não senhora, nada disso! Mas que sufôco fazer dieta! Talvez unzinho só não faça mal...
E lá vai você outra vez, caindo em tentação.
As coisas seriam bem mais fáceis - e menos calóricas - se a comida não fosse o principal agente do aumento de peso. E o que dizer das bebidas? Ah, as bebidas! Doses de whisky, cálices de licor, vinhos, coquetéis, drinks diversos e a perigosa, porém popularíssima... cerveja!
"Não!" - dirá você, indignado - "Não posso me acovardar agora!" e, destemido combatente, empunhará as armas da determinação, prometendo a si mesmo ser mais disciplinado daqui para frente. Nada de feijoadas aos sábados ou churrascos domingueiros... nada de pão, nada de batata, nada de temperos, nada de nada. Ou quase.
Pensando bem, até que você não está tão mal assim; além de uns quilinhos a mais, que outro detalhe desabona tanto a sua simpática silhueta? Aliás, quem foi o engraçadinho que inventou essa "neura" a respeito dos contornos pessoais? E o que é que esse fulano que, diga-se de passagem, você nem conhece, tem a ver com a sua vida?
"Nada! Isso mesmo!" - dirá você - "Nada!" Mas pelo sim, pelo não, levará um ou dois saquinhos de suíta da próxima vez...

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Kátya Chamma, “Dança de Espelhos - Zarabatana e outros poemas”.

ANA LUCIA ANAISSI - ENCAIXES

Gente, esse quadro me transporta numa velocidade inacreditável lá pra idos de 214, 213 a.C. quando eu, Achila, era uma escrava no palácio do rei Hierão, em Siracusa, na Magna Grécia. Eu de-tes-ta-va ser escrava com todas as minhas forças. Tinha ódio do rei, ódio da rainha, ódio dos outros nobres, dos outros escravos, dos passarinhos e das plantas. Enfim, era uma revoltada. E uma revoltada com imaginação pois vivia inventando mil maneiras pra escapar do serviço e deixar tudo nas costas das outras escravas (Que, diga-se de passagem, também eram revoltadas mas não tinham imaginação). Entre as minhas mentiras preferidas estavam:
-TPM – Três vezes por mês.
-Torcicolo – Quinze dias de um lado, quinze dias do outro. (Eu fazia uma encenaçãozinha perfeita, torcia o pescoço como uma coruja)
-Asma – Sempre aos domingos. ( Entrei tanto no personagem que acabei morrendo disso, sem ter).
- Peste estranha – Era a mais legal porque eu me agarrava em quem tivesse passando e começava a balbuciar com os olhos revirados e uma mão escorregadia e fria (Eu enfiava na massa de pão e deixava dois minutos).
Mas, de tanto ficar “doente”, a chefa dos escravos mandou que diminuíssem minha ração já que eu não trabalhava quase nada. Fiquei doente de verdade. Fiquei esquálida. Passei a ser conhecida na cidade como “Estegomia de Hierão” e o povo gritava sem dó toda vez que eu era levada pro médico amarrada no lombo de uma vaca. Tá certo que eu estava magra, mas respeito é bom e eu gosto. Bom, ofensas a parte, eu estava, agora, numa péssima situação. Todos os meus ataques mentirosos se transformaram em verdadeiros porque eu não tinha mais noção do que era uma raçãozinha quente. A vaca parava religiosamente em frente à uma casinha acanhada no meio do mato e me despejava em frente à porta do curandeiro da cidade que me botava pra dentro, fazia umas rezas, me dava uma sopa, e me mandava de volta assim que eu conseguia erguer os joelhos e caminhar. (Não precisava me erguer toda). Na volta, sem a vaca, eu ia caminhando e sempre parava, intrigada, na frente de uma casa onde eu sabia que morava um velho sábio chamado Arquimedes. Ficava intrigada porque o via a escrever na areia, apagar, escrever de novo e mais mil vezes até que ficasse satisfeito.
Um dia, acho que saí antes de esticar os DOIS joelhos e acabei caindo em frente ao portão da casa do sábio. Ele me viu de longe e entrou em casa. Quando eu já estava desistindo de contar com ele, eis que Arquimedes surge com algo parecido com uma máquina que era feita com cordas e roldanas. Arquimedes, o sábio matemático, apenas colocou o gancho da engenhoca no meu cinto e me içou com uma rodadinha de manivela, até o alto e me levou pra dentro de sua casa. (Tá certo que eu era magra mas um velhinho daqueles me levantar com a ponta do dedo rodando uma manivela, foi o máximo da humilhação). Quando me recuperei, contei toda minha história pra ele (resolvi me confessar) e ele chegou à conclusão que eu era a verdadeira “magra de ruim”. Ele achou que eu mereci o castigo mas mesmo assim resolveu me ajudar pedindo ao rei Hierão (Que era seu amigo) pra deixar eu ajudá-lo nos seus experimentos. Foi assim que descobri que o velho Arquimedes era o maior matemático de todos os tempos e que nas horas de folga inventava os artefatos mais originais da Grécia. Na verdade foi ele quem conseguiu por três anos impedir que os romanos invadissem Siracusa porque inventou catapultas, guindastes, disparadores de flechas e até conseguiu, com espelhos, queimar os navios romanos que já nem queriam ficar perto da cidade e estavam distantes. Muitíssimo agradecida por ele ter me içado das garras da fome, tive duas ocasiões para retribuir tamanha bondade. A primeira foi servir de testemunha de que meu amo não era louco embora tivesse saído nu pela cidade gritando Eureka, Eureka. (Seu juiz, ele só estava feliz por ter descoberto a Hidrostática!) e também quando o rei Hierão pediu que ele desse um jeito de colocar um gigantesco navio no mar pois ninguém tinha conseguido. Arquimedes, depois de fazer uma grandiosa obra de roldanas e cordas, pediu a mim (Acho que ele me escolheu porque ia ficar mais chocante devido ao meu físico quase imperceptível) que desse um pequeno puxão na corda que unia as roldanas, o que fez com que o navio deslizasse pomposamente para as águas. Sob aplausos ensurdecedores Arquimedes voltou tranquilamente para sua casa e continuou a fazer as coisas que ele achava mais sérias que esses brinquedinhos do rei. Me lembro como se fosse hoje de Arquimedes resmungando: “Ora, um simples navio; Deem-me um ponto de apoio e levantarei o mundo!”
*****
Arquimedes morreu em 212 a.C. na invasão de Siracusa pelos romanos. Matemático, físico e inventor grego, além de inúmeros inventos (Parafuso de Arquimedes, alavancas, etc...) Cícero fez um registro de que Arquimedes também fez um pequeno planetário. Suas valiosíssimas obras deixadas são, entre outras:
- Da esfera e do Cilindro
- Das Espirais
- Da Medida do Círculo
- Do Equilíbrio dos Planos

KÁTYA CHAMMA - MÚSICA E POESIA - ZARABATANA


ZARABATANA

Kátya Chamma

Você persiste no meu peito
dardo de zarabatana
que um índio
imaginário e só
cravou no meu destino.

Você me dói a vida inteira
nesse açoite bárbaro,
um ritual
canibal observando a caça.

Você,
trapaça do caminho,
agarrado, assim, no meu destino dividido,
no surto ensandecido desse amor,
no surto endoidecido desse amor perdido,
no surto ensandecido desse amor perdido, traiçoeiro e só.

Zarabatana.

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Kátya Chamma, “Dança de Espelhos - Zarabatana e outros poemas”.

ANA LUCIA ANAISSI - Pergaminho

Nem acredito que estou aqui contando essa história, gente. Parece um milagre que eu tenha escapado com vida dos quintos dos infernos. Não pensem que eu estou me referindo à alguma situação terrível que eu vivi (casamento, competição no trabalho, visita fora de hora, etc...), nada disso; eu estava messssmo nos quintos dos infernos! Vai ser fácil contar tudo pois minha memória era a única coisa que eu podia exercitar enquanto estive mergulhada no caos. Me lembro bem que morri por volta de 860 d.C. de uma peste qualquer. Naqueles tempos tudo era Peste, hoje, tudo é Virose. Mas aí, morri. Tudo bem. Desencarnei com minha alminha debaixo do braço, olhando em volta, pra ver quem era o parente que viria me buscar e me servir de guia. Vivi cinco minutos de ansiedade. Os melhores cinco minutos da minha vida no além. Depois veio a realidade. E a realidade veio em forma de uma grande harpia cor de abóbora e marrom. Misericórdia! Colocou suas garras em mim, tipo vem cá minha nega, e, por mais que eu fincasse meus pezinhos enlameados no lodo fedorento, ela alçou vôo comigo, com lama, capim e tudo. Eu parecia uma árvore arrancada, com raiz, numa noite de ventania. Pensem numa pessoa gritando...era eu. E enquanto eu gritava podia ver todos os círculos do Inferno por onde a danada da harpia me transportava. Fui conhecendo cada recantinho do “forninho mágico”. Vi passar o braseiro dos traidores, a estufa dos invejosos, a churrasqueira dos ladrões, etc. E, como um refém que se familiariza com o sequestrador, cada vez que ela ameaça estacionar num desses círculos, eu me agarrava nas suas peninhas encardidas e berrava: Oh, aqui não, não, não!!! Já estava gostando do vôo. Pelo menos tinha um ventinho batendo na minha cara. Mas, o que é ruim dura pouco e a ave bandida acabou pousando. Ah meu Deus, pra que? Eu vi a plaquinha; Quinto andar (Pra baixo). Tentei desesperadamente não pousar mas ela me largou e se foi e eu fiquei no quinto dos infernos com uma pena na mão e na maior escuridão. Depois de uns três dias minha vista começou a se acostumar com a escuridão. Tentei voltar atrás mas já estava enxergando o troço todo. Misericórdia dois; Pra vocês terem uma idéia, o quinto andar do Inferno é aonde assam os Irados, aquelas pessoas que , na Terra, se deixaram dominar pela ira, pelo ódio, pela cólera, pela vontade de empurrar os lerdos que andam na frente e pela vontade de sacudir alguns motorista gritando: BOTA A SETA, DIACHO!! Vou te contar...os Irados sofrem no Inferno. E eu, injustamente, fui parar logo ali. Mas resolvi tomar providências; Bati em uns sete Irados até chegar no chefe.
- Escuta aqui sua besta quadrada, aquela harpia idiota me trouxe pro lugar errado!!!
O chefe do local, com uma cara de quem já ouviu a mesma história oitenta milhões de vezes, me olhou com um dos seus oito olhos e disse:
-Minha filha, pula!
Falou isso e me atirou num buraco que tinha como fundo uma fogueira de São João. Passei de quatro a cinco anos ali, pulando, chamando pela harpia quando a via passar, lá longe, carregando outro passageiro esperneando. Porém, um belo dia, (Isso é uma insana força de expressão), ouvi passos, e ouvi vozes, e ouvi o motor de um avião, (o motor do avião é mentira) bem, mas as vozes foram se aproximando e eu pude ver, lá no alto do buraco em que eu estava, duas carinhas mais fofas.
-Oi, podemos conversar?
Achei meio insensível da parte dos dois homens quererem conversar com quem estava pulando a mais de quatro anos num buraco no quinto dos infernos mas balancei a cabeça afirmativamente.
-Por que você está aí?
Graças a Deus de tanto pular eu já não era mais uma Irada mas confesso que quase tenho uma recaída.
-Eu estou aqui porque algum insensato confundiu meu nominho e me encaminhou pra esse lugarzinho errado. Não é chato isso? (...Nossa, como eu estava calma, me surpreendi até).
-Como podemos ajudá-la?
-Ah amiguinhos, com muita oração, uma corda e um disfarce pra eu poder sair daqui com vocês.
E não é que deu certo? Em termos. Eles me deram a oração. Porém... sem que eles percebessem, me agarrei em suas capas e, como estava muito levinha (ficar pulando emagrece), consegui ficar atrás dos dois e passei despercebida na fronteira entre o quinto e o sexto dos infernos. E assim foi, colada neles, como uma sombra de pés de bolha, fui passando de círculo em círculo do Inferno até que consegui alcançar o Purgatório, yes!
Sei que meus dois inocentes salvadores seguiram adiante até o Paraíso mas eu achei que o Purgatória estava bom demaissssssss pra mim. E hoje, nessa nova encarnação, eu fico me perguntando se eles, Dante e Virgílio, não sabiam realmente que eu estava entre eles o tempo todo. Pelo sim, pelo não, eles viraram meus eternos heróis. E esse maravilhoso quadro que fiz é dedicadíssimo a eles. Tudo bem que não esteja à altura de tão nobres figuras e nem à altura da magnífica obra, A Divina Comédia, de Dante, onde ele conta tudo que ele viu na viagem que fez pelos círculos do Inferno, do Purgatório e do Paraíso, viagem magnífica. Porém.... pra quem era uma Irada o quadro já mostra uma sensibilidade adquirida e está muito bom.

PAULO COELHO - 11 CITAÇÕES DE 7 LIVROS - PÍLULAS DE SABEDORIA


1- Quanto mais se chega perto do sonho, mais a Lenda Pessoal vai se tornando a verdadeira razão de viver.
De O Alquimista

2 - Poucos aceitam o fardo da própria vitória; a maioria desiste dos sonhos quando eles se tornam possíveis.
De O Diário de um Mago

3 - Conhecimento sem transformação não é sabedoria.
De Brida

4 - O Bem e o Mal têm a mesma face; tudo depende apenas da época em que cruzam o caminho de cada ser humano.
De O Demônio e a Srta. Prym

5 - A única chance que uma tragédia nos dá: a de reconstruir nossa vida.
De O Monte Cinco

6 - Deus deu a seus filhos o maior de todos os dons: a capacidade de escolher e decidir os seus atos.
De O Monte Cinco

7 - A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida.
De As Valkírias

8 - Não queira ser bravo, quando basta ser inteligente.
De O Diário de um Mago

9 - No amor, corpo e alma caminham juntos.
De Onze Minutos

10 - Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida, termina por aprender que nada lhe pertence.
De Onze Minutos

11 - Eu não sou um corpo que tem uma alma, sou uma alma que tem uma parte visível chamada corpo.
De Onze Minutos

11 - O sexo é a arte de controlar o descontrole.
De Onze Minutos

LYA LUFT - CANÇÃO DAS MULHERES

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

RECOMEÇAR - Edmir Silveira

O passo difícil, hesitante
O passo maior que o instante
Maior que todas as distâncias

Recomeçar sem ter para onde ir
Porque ontem não é um lugar
Para onde se possa seguir

Por instinto, caminhando, 
procurando atalhos
Bebendo água no gargalo, 
Errante

Recomeçar; um tentar constante
Sabendo que há sempre um fim 
em cada instante
E também o minuto avante
Que transforma tudo em novo instante.
Sempre.

MARTHA MEDEIROS: De Mim...


De mim, que tanto falam
Quero que reste o que calei
Que tanto rezam por mim
Quero que fique o que pequei
De mim, que tanto sabem
Quero que saibam que não sei...

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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