GENTILEZA GERA GENTILEZA? - Cláudia Penteado

 
Resiliência – Habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, 
lidar e reagir de modo positivo em situações adversas.

Desde que me mudei para um bairro verdadeiramente silencioso, comecei a reparar muito mais na sonoplastia ao meu redor. Além de, claro, me deslumbrar com a novidade do canto de vários passarinhos, novos vizinhos muito próximos, passei a reparar  também nos sons produzidos pelas pessoas. É curioso porque quando se mora em um apartamento em uma região não tão silenciosa, os sons produzidos pelas pessoas em geral não incomodam tanto.  

Se alguém resolveu pendurar um prego meio fora de hora não chega a ser uma tragédia – afinal, que nunca na vida fez algo semelhante? Uma festa no play do prédio até altas horas é rotina imposta pelas circunstâncias – e quem tem filho pequeno e nunca promoveu um evento barulhento que atire a primeira pedra. De qualquer forma, a vida passada em elevadores e repartições tão próximas umas das outras vai se ajambrando da melhor maneira possível, e a rotina de acontecimentos nos torna um pouco anestesiados a uma certa quantidade de chateações.

Quando se passa a viver em um canto em que o principal atributo natural é o silêncio, de repente tudo se transforma. O ensaio da banda no vizinho dá para aguentar, claro, música é vida, e quem tem uma pré-adolescente em casa jamais poderá dizer “desta água não beberei”. Ainda mais uma pré-adolescente filha de um guitarrista. A vida segue deixando claros e nítidos os horários do lixeiro, os latidos dos cães da vizinhança, o vai-vém dos vizinhos que possuem portões automáticos, o mau-jeito nas manobras em dias de chuva na ladeira escorregadia, uma ou outra festinha até mais tarde, alguns passantes mais animados, sem que isso se torne um transtorno.

Faz algumas semanas, a rotina mudou. Instalou-se na vizinhança uma grande obra. Todos os dias – sem trégua, faça sol ou chuva, seja dia de semana, dia santo ou feriado, – quando o relógio se aproxima das oito horas da manhã uma legião de profissionais da área da construção civil me presenteia com uma coleção de sons totalmente novos, que vão de marretadas e serras elétricas a gargalhadas e gritos entusiasmados, além de agudos persistentes vindos de rádios de música e de telefonia.

A primeira sensação, ao acordar com a barulheira às oito da manhã num domingo chuvoso (é isso mesmo, um domingo chuvoso daqueles clássicos), é  de incredulidade. Não, isso vai durar uns 10 minutos no máximo, claro, deve ser algo pontual, um engano.

Mas, quando o barulho não pára,e piora, dando sinais de que os trabalhos seguirão dia adentro, vai tomando conta do corpo um misto dos personagens de Michael Douglas em Um dia de Fúria e Glenn Close em  Atração Fatal. A coisa piora ainda mais quando o marido segue dormindo candidamente e insinua que você está exagerando.

Passada a indignação inicial, vem a sensação de impotência, mesmo. De um segundo para outro, você abandona os pensamentos destrutivos e incorpora a resiliência, sem saber exatamente quem está certo ou errado e qual a melhor maneira de agir. Vem a turma do deixa disso e você procura, desesperadamente, a Poliana que existe dentro de você. Encontro a Poliana. Ela é fruto, invariavelmente, do cenário de desrespeito, bagunça total e falta de cortesia e educação que nos rodeia diariamente, e que nos confunde. A ponto de nos acostumamos a ser mal tratados e desrespeitados.

É hábito não reclamar do que nos incomoda – porque simplesmente ultrapassou o limite que cabe ao outro e nos invade o território. Reclamar nos transforma instantaneamente em chatos, intolerantes, malas sem alça. Melhor ficar quieta, não atrapalhar o bom (?) andamento das coisas, não criar conflitos. Mas em nome do que, exatamente? E beneficiando quem? Que gentileza é essa que esperam de mim, e que não gera gentileza em retorno?


Não gosto do lugar de “mala”, claro, mas acredito na defesa de alguns limites essenciais para que a dignidade de cada pessoa seja exercida em sua plenitude no convívio social – e pleno não significa irrestrito. 

Alguns limites de bom senso em reconhecimento à autonomia de cada um na verdade nos libertam. É nos diferenciam dos ogros. Naquele domingo chuvoso, até a noite resistiram os sons indesejáveis vindos do canteiro de obras. E eu resisti bravamente ao desconforto, pensando: calma, calma. Não se precipite. Medite. Respire. No dia seguinte – feriado de São Jorge – a trupe voltou e recomeçou a barulheira pontualmente às oito da manhã. Mas a tortura não durou muito. Uma vizinha decidiu abandonar a Poliana e chamou a polícia. 

Em pouco tempo os operários foram para casa descansar. E pude finalmente dormir até mais tarde, feliz por não ser a única “mala” da rua.

A MULHER QUE PERDEU SEU AMOR - Arthur da Távola


A mulher que perdeu o seu amor é alguém de quem amputaram o ar e ela não morreu. Carrega a marca da amputação no ritmo da respiração e num certo modificar do olho. Fica pesado, mais manso e lento, nega-se a olhar o mundo, a rir, a ver cores. A mulher que perdeu o seu amor é alguém cujo riso virou soluço e a recordação faz-se suspiro.

A mulher que perdeu o seu amor é alguém com óculos de ver eclipse na alma. Fica com olhar de rinoceronte em olho de cambaxirra.
Estranho e lindo esse ar sofrente de que ficam todas as mulheres que perderam seu amor. É marca que as acompanha como ruga ou expressão, pelo resto da vida. Marca irreversível, chaga, cicatriz, verruga espiritual. Podem amar de novo, melhor até. Mas jamais deixará de doer uma pontinha daquele sentimento feito impossível e daquela esperança fermentada.

A mulher que perdeu o seu amor sofre mais do que a que (ainda) não pôde viver o seu amor. Esta vive a dor do que não tem. Aquela, vive a dor de já não ter. Quem não tem e quem ainda não tem sofre menos do que quem já não tem.O terrível é que a perda do amor é o preço inevitável e doloroso do pedágio pago para a estrada do conhecer-se.

A mulher que perdeu seu amor é alguém que melhora depois, pois se descobre, abre a cabeça, os músculos, os poros. Começa a entender a vida, a ficar mais livre, a punir-se menos e a saber que vale algo.

Passado o luto moral, a fase da fossa, a fossa da fase, o fechado pra balanço, o balanço vem. A ferro e fogo, à amargura e desvario, mas vem. E traz uma visão melhor de si mesma e de tudo o que é e representa. Instala-se um saudável egoísmo e muito mais altruísmo, paradoxalmente.

A mulher que perdeu o seu amor é um paralítico que sai pra luta e nela se cura. Se o amor era a deliciosa cegueira, a perda dele ensina a ver no escuro. A ler nos solavancos do ônibus da vida, a aprender a lição das greves interiores, entender que é preciso melhorar mesmo sabendo que nunca mais será igual.

Mistura de vítima e ressureta , a mulher que perdeu seu amor é alguém muito lindo, porque é um ser com a delicadeza de sentir feita carne no açougue existencial, no qual pendura as suas verdades e ofertas: ali aquela angústia; no outro gancho, a lembrança daquela tarde; na vitrine aquele sorriso e a lembrança do momento em que se descobriu amando; no frigorífico aquela delicadeza interior não-entendida ou aquela falta de medo de sofrer; no gancho maior aquela capacidade de se entregar inteira.A mulher que perdeu o seu amor é linda não por sofrer, mas porque sofre por ter sabido ser feliz...

A mulher que perdeu o seu amor é uma mergulhadora preocupada com a beleza e a entrega do salto sem a preocupação de saber se há água embaixo. A capacidade de amar o salto e o vôo fá-la merecedora de ternura e admiração. Enamorada, ela fica pássaro. Abandonada, ela vira gente melhor. Terrível disjuntiva!

Ah, se fosse possível dizer para cada mulher que perdeu o seu amor que mesmo sofrendo assim, valeu a pena! Que a dor vai passar e com cicatrizes ela será melhor e mais bonita amanhã, amará melhor o seu amor, aquém redescobrirá sem hipnose e a quem valorizará ainda mais porque capaz de o sentir e viver sem cobrar, exigir ou sofrer.

Ah, se fosse possível nada lhe dizer e apenas oferecer o ombro para que no ninho dele se sinta protegida e segura, porque a mulher que perdeu seu amor é a criança em busca dos pais, da casa. É a menina fugindo do bicho-papão que existe e assusta, mas que some e se dissolve se há proteção sincera. Por uma estranha disposição do carinho humano, a mulher que perdeu o seu amor é sempre chamada por diminutivo ou pelo apelido carinhosos por quem a consola. Ela fica criança na ante-sala do amadurecer.

A mulher que perdeu o seu amor é , por fim, alguém que descobre seu erro e delírio para crescer no acerto doloroso de se saber incompleta e imperfeita, por isso mais mulher.

Ela era melhor e saiu perdendo. Piorou. Mas ficou pior para sair ganhando, logo, melhorou graças à piora, nessa eterna dialética do ser no sentido da integração. A mulher que perdeu o seu amor é o enigma encarnado.

A mulher que perdeu o seu amor traz, ademais, essa grande lição de vida: é capaz de contemplar o nunca mais, de frente e , ainda e uma vez, dizer-se, sonhando: pode ser.

E sempre pode. Tudo começa outra vez.

Para ficar com a própria verdade talvez seja necessário perder um amor que não corresponda a verdade profunda do ser.

Sugestão da leitora e amiga Laura Rito. Muito obrigado!

A HISTÓRIA QUE TANTO DESPREZAMOS - Marcelo Rubens Paiva

Toda mudança de regime precede a desqualificação do anterior. Enquanto reis e czares são decapitados, fuzilados e exilados, a máquina de propaganda dos novos governantes reescreve a história, satiriza antigos governantes e cria um novo álbum de ícones.

De Lucrécia Bórgia, ficou a fama de uma bastarda incestuosa, manipuladora e descontrolada. Maria Antonieta virou a deslumbrada palaciana, que fez o povo passar fome para suprir seus caprichos. Os Romanovs estavam hipnotizados pela barba e magia negra de Rasputin, enquanto o império ruía estepe abaixo.

A monarquia brasileira sofreu na mão da historiografia republicana. De Pedro I, ficou a fama de um mulherengo incorrigível. Teria proclamado a Independência numa mula, depois de uma parada para se aliviar, vítima de uma diarreia, a caminho de um prostíbulo às margens do Ipiranga. Pedro II, tímido, infeliz e solitário, manipulado pela oligarquia agrária, era um exótico rei num continente de novas repúblicas.

A República resgatou da Inconfidência Mineira o herói de que precisava, Tiradentes. O Golpe de 64 não teve como usar a iconografia do movimento que clamava liberdade. Deu sorte, porque estava em campo a geração Pelé, e foi buscar na ignorada família real lacunas que legitimassem o projeto de soberania nacional - numa grande operação, no sesquicentenário da Independência, os despojos de Pedro I foram trasladados do panteão de São Vicente de Fora para a cripta do Monumento à Independência, no Museu do Ipiranga.

O regime militar também financiou através da estatal Embrafilme o primeiro épico do cinema nacional, Independência ou Morte, de 1972, que foi proclamada por Tarcísio Meira desembainhando uma espada sobre um cavalo ao estilo da tela de Pedro Américo. Glória Menezes era Marquesa de Santos, retratada não como uma pulada de cerca que escandalizou os súditos, mas como o amor impossível do príncipe aprisionado por suas obrigações. Não foram mostrados outros affaires.

Carlota Joaquina, filme que representa a retomada do cinema nacional, depois do desmantelamento do entulho militar, é uma gozação sem dó da vinda da família real e de seus membros. Fez um baita sucesso entre nós, republicanos que anos antes votamos no plebiscito que decidiu se o País seria monarquista ou republicano controlado por um sistema presidencialista ou parlamentarista.

Laurentino Gomes traça um perfil menos tendencioso da Casa de Bragança do Brasil. Mostra em 1889 que Pedro II, alto e loiro, "Pedro da Mala", como Eça de Queiroz o chamou, pois nunca largava uma valise, não era a figura apagada e inerte que a República pintou. Conseguiu manter o Brasil unido e o Exército sob controle civil, enquanto os vizinhos se implodiam em repúblicas. Esteve no front de batalha da Guerra do Paraguai, gastava pouco, falava várias línguas, inclusive tupi, lia sem parar, usava adornos indígenas na roupa imperial, era amigo de Victor Hugo, Graham Bell, dispensava protocolos, nada rancoroso e vingativo, admirador dos positivistas que o derrubaram, foi tratado como estrela na viagem aos EUA em 1876 e pedia a jornalistas estrangeiros que o chamassem de Pedro Alcântara. Que avô de FHC propôs ser fuzilado.

A decisão para mudar o governo em 1889 estava tomada. Civis e militares não chegavam a um consenso se o que viria era um golpe contra a monarquia, alimentado pelo descontentamento na caserna, mudança ministerial, deposição ou a República. Em 6 de novembro, um grupo de revoltosos se reuniu na casa de Benjamin Constant, entre eles, o alferes Joaquim Inácio Batista Cardoso, do 9.º Regimento de Cavalaria em São Cristóvão.

Sem o apoio do descontente Deodoro da Fonseca, não dariam um passo. Planejaram agitação nos quartéis, estoque de armas. Constant, ex-professor dos filhos do rei, perguntou o que fazer com Pedro II. Joaquim Inácio, com 29 anos, propôs o fuzilamento, caso resistisse.

Joaquim Inácio era avô de um futuro presidente da República proclamada dias depois, o pacato, calmo, sociólogo de fala mansa, agora imortal da Academia Brasileira de Letras, Fernando Henrique Cardoso. Prevaleceu a proposta de Constant. Pedro II partiu para o exílio, onde morreu dois anos depois, aos 66 anos de idade, numa modesta casa em Paris.

Laurentino não se restringiu a uma ordem cronológica. Dividiu os capítulos por temas. E, como nos livros anteriores, 1808 e 1822, mostrou que a história brasileira, desprezada por muitos, foi, sim, feita com atos de heroísmo e derramamento de sangue. Muito sangue, por sinal.

Conseguiu traçar um retrato completo dos bastidores da Corte e da queda do imperador, que, apesar de ser um homem culto e com prestígio internacional, vivia uma contradição insolúvel, um monarca que defendia o republicanismo, num Brasil difícil de entender, que experimentou um período de muita liberdade, inclusive de expressão, sob os garrotes da escravidão, num mundo que se transformava rapidamente com as novas invenções do Século das Luzes, que tinham um entusiasta, o rei do Brasil - navio a vapor, telégrafo, cabos submarinos, eletricidade, fotografia, telefone, trem e carros.

Outra revelação de 1889: a agitada vida fora do casamento de dom Pedro II. Foram 14 amantes catalogadas, entre atrizes, damas de corte, mulheres casadas, paixões platônicas e concretizadas, que se aconchegaram nas barbas do imperador. "Que loucura cometemos na cama de dois travesseiros", escreveu em 1880 para Ana Maria de Albuquerque, condessa de Villeneuve, mulher de Constâncio de Villeneuve, dono do Jornal de Commercio. "Não consigo mais segurar a pena, ardo de desejo de te cobrir de carícias."

Outras: Anne de Baligand, Vera de Haritoff, Eponine Octaviano, ex-mulher do amigo de infância, e a mais notória, a baiana Luísa Margarida Portugal de Barros, condessa de Barral, morena de grandes olhos negros, filha de fazendeiro do Recôncavo, que deixou 300 íntimas cartas de dom Pedro II para ela sem queimá-las, como tinha sido solicitado. "Olho sempre com imensas saudades para o quartinho do anexo do Hotel Leuentorh", escreveu Pedro II em 1876, indicando o lugar em Petrópolis em que se encontravam.

Puxou o pai, mas preservou a imagem de marido fiel. Um come quieto.

CHINA – UMA VIAGEM AO FUTURO - Rick Ricardo


Shangai - 2016

Shangai - 1990


Na minha juventude quando pensava em China e nos chineses me surgiam as seguintes imagens; do pais comunista e opressor fomentada pela propaganda americana. O chinês imigrante, assustado e com pouca escolaridade que mal falava português mas ambicioso e trabalhador que acabava abrindo uma pastelaria ou um bar, além de outras imagens mais poéticas que também me ocorriam, como as dos versos de Lao Tzo ou de filmes como "O Ultimo Imperador" e "O Império do Sol".

Quando comecei a visitar a China no inicio dos anos 90 motivado não só pela minha curiosidade de viajante mas também pelo interesse no Budismo, encontrei não somente um pais muito mais fascinante do que podia imaginar mas também uma sociedade muito mais livre e amigável do que esperava encontrar. 

Como naquela época havia muitas restrições a movimentação de um estrangeiro e aonde podíamos ou não ficar, deparei me, muitas vezes, ao chegar numa cidade, com uma única possibilidade, que era no hotel de categoria superior, com preços acima do que as minhas despesas de viagem podiam comportar, mas nunca faltou aquela porta aberta e o amigável sorriso de um desconhecido me convidando para ficar.

Quando viajo, sempre que possível, vou por terra, e a China não foi uma exceção. Percorri o pais muitas vezes e visitei suas regiões mais remotas, geralmente de trem, por sua extensa rede ferroviária, e também de ônibus, de bicicleta e mesmo de carona para regiões da Inner Mongólia ou do Platô Tibetano onde apenas de caminhão se podia chegar.

Aquela China que conheci nos anos 90, onde muitos ainda usavam terno azul estilo Mao e onde em pequenos povoados fui um dos primeiros estrangeiros dos tempos de hoje a pisar, foi desaparecendo rapidamente.


Nos últimos 30 anos a economia tem crescido num ritmo surpreendente e a velocidade com que surgem novas construções é inacreditável. Com investimento em infraestrutura num patamar nunca antes visto na história da humanidade. 

Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos a China construiu 30 novos aeroportos , sistemas de metrô para 25 cidades, 42 mil Km de autoestradas, 10 mil Km de ferrovia de trem bala, as 3 mais longas pontes do mundo e um novo arranha-céu a cada cinco dias.

Visitar as grande cidades da China, hoje em dia, é como fazer uma viagem ao futuro, e de fato, cidades como Shenzhen ou Shanghai são ótimos panos de fundo para filmes de ficção científica. 

Recentemente, o celebrado cineasta Spike Jonze usou as ruas de Shanghai como cenário de seu Último e premiado filme de ficção futurista"Ela".

Claro que todo processo de industrialização tem seu preço e, às vezes, um preço muito alto a pagar, foi assim na Inglaterra vitoriana, no Japão dos anos 70 e etc. 

No caso da China, houve uma perda irreparável de parte de seu patrimônio histórico e natural, sem falar nos níveis de poluição das áreas industrializadas.

Pequim e outras cidades do nordeste da China tem sido vítima de smogues causados por usinas a carvão que remontam à Londres do século 19 e início do século 20.

Mas nem tudo esta perdido, Beijing e Shanghai não são mais poluídas do que Rio, São Paulo ou a Cidade do México e quem imagina Beijing como uma cidade caótica , poluída e suja, vai encontrar uma cidade muito organizada, limpa e com o trânsito bem melhor que São Paulo.

A intensificação da poluição atmosférica que vimos muito nas noticias, no fim do ano passado, tem a ver com a chegada do Inverno que causa um aumento na queima de carvão e inversão térmica. 

Mas, já há sinais de que a fome chinesa por carvão está diminuindo, e juntamente com regulamentos ambientais mais rígidos espera-se uma grande redução na poluição.

O pais é imenso e dispõem de recursos naturais capazes de deslumbrar qualquer viajante, sem contar nas centenas de cidades históricas, muitas delas cuidadosamente restauradas, alem de uma enorme quantidade de parques nacionais e de áreas naturais protegidas, que somente perde para a Itália em numero de locais tombados pela UNESCO como patrimônios da humanidade.

Rick Ricardo - O Monge Ocidental
Exclusivo para o CULT CARIOCA

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TEU SONHO NO MEU SONHO - Pablo Neruda


Já és minha. 
Repousa com teu sonho em meu sonho.
Amor, dor, trabalhos, devem dormir agora.
Gira a noite sobra suas invisíveis rodas
e junto a mim és pura como âmbar dormido.

Nenhuma mais, amor, dormirá com meus sonhos.
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.

Nenhuma mais viajará pela sombra comigo,
só tu, sempre-viva, sempre sol, sempre lua.
Já tuas mãos abriram os punhos delicados
e deixaram cair suaves sinais sem rumo,
teus olhos se fecharam como duas asas cinzas.

Enquanto eu sigo a água que levas e me leva:
a noite, o mundo, o vento enovelam seu destino,
e já não sou sem ti senão apenas teu sonho.

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CONTRA O IMEDIATISMO - Roberto DaMatta

Os nobres eram sempre calmos. 
Até mesmo quando metiam a chibata, 
o faziam por meio de capatazes tranquilos

premiado livro de Suzanne Chantal, "A vida quotidiana em Portugal depois do terremoto de Lisboa de 1755" (Hachette, 1962), diz-se que os juízes lusitanos eram astuciosos. Eu cito: "Sabiam que o delito não contava. O que mais importava era saber quem o cometera, por conta de quem, quem prejudicava e quem beneficiava e qual era, dentre todos os partidos em causa, o mais poderoso, aquele que se devia esperar mais ou que mais se havia de temer. Por isso tomavam o maior cuidado em não agir com demasiada precipitação. Era frequente um processo esperar quatro ou cinco anos antes de ser instruído; mais ainda para ser julgado" (pag. 252).

Isso ocorria num Portugal do tempo dos "terramotos", como lá se diz. Nós, cá de um Brasil sem terremotos, somos imunes a tais malfeitos, justamente porque não nos precipitamos. Somos — independentemente do delito e do devido processo legal — contra o imediatismo e a voz das "multidões".

Nada deve ser imediato. Muito menos a prisão ou a luz elétrica. A boa educação obriga a esperar. Protele-se, pois, a velocidade das corridas de cavalo e do forno de micro-ondas. Condenar sem conceder todos os direitos aos criminosos donos poder, é contra a nossa natureza de país pautado pela lei. Terra adorada na qual jamais os poderosos ( "gente boa") — jamais foram para a cadeia.

Ultra-legalistas, amamos a lei pela lei. Somos a favor do processo legal lento e grandioso em tamanho e absurdo. Tomemos a policia. Ela deve primeiro testemunhar com absoluta certeza que algumas propriedades foram vandalizadas para agir. E mesmo assim, levar em conta que a depredação de bancos e lojas podem ser sinais de uma nova era. Não sabemos ainda que mensagem é essa, mas ela certamente vai surgir com mais clareza tal como em março (ou seria abril?) de 1964; tal como ocorreu com o Estado Novo e na Alemanha a partir de 1933. Somos seguros e gradualistas. Demoramos mais ou menos 60 anos para abolir a escravidão e mais um outro tanto para retomar a democracia. Aliás, considerando o mensalão, hoje vemos com mais serenidade que ele foi um deslize banal. É mais um mero caso de corrupção, semelhante à dúzias de outros exemplos ocorridos em todos os governos, realizados por quase todo mundo. Diante disso, a Abolição da Escravatura foi um milagre de Nossa Senhora Aparecida.

Tudo o que é rápido e que produz resultados instantâneos e sem a intermediação dos compadres, dos ex-secretários e dos ex-advogados que nos julgam de modo ponderado e isento, deve ser pensado e evitado ou até mesmo — reitero — proibido. Mas proibido com tranquilidade, sem rompantes reveladores de má-educação e de gosto duvidoso.

O imediatismo — como dizia um velho e sábio professor favorável a uma "sociologia da calma" — era o problema do nosso tempo. Claro que esse "nosso tempo" deveria ser igualmente ponderado senão ele se transformaria num indesejável imediatismo o qual fatalmente levaria a um arriscado "colocar o carro adiante dos bois".

A pressa é inimiga da perfeição. O corre-corre é uma característica definitiva inferiores: dos criados e dos serviçais. E com o perdão que invoca os velhos e bons tempos nos quais cada qual tinha (não existia ainda essa novidade burguesa e liberal de saber) o seu lugar — como na escravidão — os nobres eram sempre calmos. Até mesmo quando metiam a chibata, o faziam por meio de capatazes tranquilos. Eles decidiam com consciência, tendo na memória os princípios perenes da desigualdade. Por isso prendiam suspeitos e com ajuda de alguns mecanismos, sabiam como transformar um "não" num "sim" em certas circunstâncias e com o justificado uso de certos mediadores como uns bofetes na cara, o choque elétrico e o pau de arara. Ou realizando julgamentos duplos, triplos ou múltiplos — ou melhor ainda, sem julgamento — esse direito fundamental que, em certas circunstâncias pode ser substituído por instrumentos mais eficazes como o fuzilamento sumário, desde que a causa seja justa como parir a justiça social, aplacar o ciúme da mulher bonita, inibir a competição de um colega brilhante, ou garantir a proteção do país contra alguma nação, "raça" ou classe como essa famigerada mídia comprada que hoje faz uma campanha vergonhosamente anti-esquerdista. Essa esquerda que é inimputável, feita de cruzados; que a tudo renunciou em nome do povo e que jamais roubou, corrompeu ou pecou. Essa esquerda que por sua total inexperiência no poder — onde está faz mais de uma década — tem cometido pequenos exageros. Erros dilatados pela mídia corrupta, liberal e imediatista, a ser posta de quarentena para que, numa apreciação mais detida e sem o clamor da multidão ensandecida possam ser reavaliados à luz do nosso exemplar direito luso-brasileiro.

Claro que o imediatismo tem tudo a ver com grandes injustiças. Talvez pior que a agilidade seja esperar sentado. Mas, conforme sabemos, quem espera, sempre alcança.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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