ZÉLIA GATTAI - Vinícius de Moraes


Vinicius de Moraes

Graças a uma das visitas de Vinicius à nossa casa, salvou-se a série de canções para crianças, de sua autoria:
À beira da piscina, o inseparável copo de uísque ao lado, violão em punho, Vinicius cantava.

Faço um parênteses para me desculpar. Na afobação de querer contar logo a história que me veio à memória — como já devem ter percebido, não tenho anotações, tiro tudo da cachola à medida que as lembranças chegam — esqueci-me de pedir licença para, ainda uma vez, avançar no tempo. Peço agora, pois devo explicar como foi que as músicas infantis de Vinicius de Moraes se salvaram. Avanço tanto, tanto, que falo até de meus netos, os três que existiam na época: Mariana, Bruno e Maria João.

Nessa ocasião, o amor de Vinicius, sua mulher, era uma baiana, Gessy Gesse, a quem devemos a vinda do poeta à Bahia, onde até uma casa ele construiu, disposto a ancorar entre o mar e os coqueiros de Itapuã.
Estávamos à beira da piscina e Vinicius cantava — como foi dito — quando chegaram meus três netos.
Eu agora vou cantar umas musiquinhas para vocês, disse Vinicius às crianças, e começou: Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... Espera aí, interrompi, vou buscar um gravador. Assim dizendo saí ligeiro. Voltei em seguida, gravadorzinho ligado e ele recomeçou: Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá... Cantou todas as canções, intercalando entre elas uma chama, da: Esta é para Marianinha!... Esta é para Bruninho!... Esta é para Maria João!... Encantadas, as crianças ouviam as músicas pela primeira vez, pois elas ainda não haviam sido gravadas naquela ocasião. Ao saber que não restara nenhuma gravação delas após a morte de Vinicius, entreguei meu cassete à Gilda Queiroz Matoso, última e amada companheira do poeta até seus derradeiros momentos. Gravação precária, porém a única que restou e é a que se ouve até hoje.
Vinicius tornou-se íntimo de Calasans Neto e Auta Rosa, adorava o casal, alugou casa em Itapuã antes de construir a própria, queria ficar perto deles.
A rua da Amoreira, onde moravam — e moram até hoje — Calasans e Auta Rosa, era um horror: lama, buraqueira e, como se isso não bastasse, havia esgoto a céu aberto.
Freqüentador assíduo da casa, inconformado com a situação dessa rua, Vinicius não teve dúvida, redigiu uma petição em versos ao prefeito de Salvador. No poema, verdadeiro primor, pedia-lhe atenção e carinho para a rua.
Combinou com Jorge, que conseguiu a publicação do poema-petição na primeira página do jornal A Tarde.


Petição ao Prefeito

Prefeito Clériston Andrade
A quem ainda não conheço:
Quero tomar a liberdade
Que eu nem sequer sei se mereço
De vir pedir,lhe, em causa justa
Um obséquio que, sem favor
Muito honraria (e pouco custa!)
Ao Prefeito de Salvador.
Existe ali no Principado
Livre e Autônomo de Itapuã
Uma ruazinha que, sem embargo
Pertence à sua jurisdição
Uma rua não sem poesia
E cujo título é dar teto
A uma das glórias da Bahia:
O gravador Calasans Neto.
Dizer do estado dessa ruela
(Da Amoreira) eu não arrisco
Porque sem esgotos, correm nela
Rios de ... — Valha-me o asterisco!
E isso é uma pena, Senhor Prefeito
Pois Calasans e sua gravura
Têm cada dia mais procura
De fato como de direito:
O que constrange os visitantes
Com boa margem de estrangeiros
A, entre gravuras fascinantes
Ver quadros nada lisonjeiros.
Calce essa rua, Senhor Alcaide
E eu lhe garanto que algum dia
Pro domo sua, esta Cidade
O há de lembrar com mais valia.
Na expectativa de que acorde
Um novo "Cumpra, se" , sem mais
Aqui se assina, muito ex-corde
O seu, Vinicius de Moraes.


Tiro e queda, a resposta do prefeito foi imediata, em pouco tempo a rua de Auta e Calá foi consertada e asfaltada e, diga-se de passagem, ela foi, por algum tempo, a única rua asfaltada das imediações.
Naqueles tempos, a decantada beleza de Itapuã se resumia no mar, nas praias, nos coqueirais e nas canções de Dorival Caymmi.
Para festejar o acontecimento, Jenner Augusto e Luísa ofereceram um almoço ao qual Vinicius compareceu vestido de gari da limpeza pública, levando para Calá e Auta a petição, enquadrada.

CLARICE LISPECTOR - Alma Luz




Minha alma tem O peso da luz
Tem o peso Da música
Tem o peso da Palavra nunca dita
Tem o peso de Uma lembrança
Tem o peso de Uma saudade
Tem o peso de Um olhar.
Pesa como Pesa uma Ausência 
E a lágrima Que não se chorou
Tem o imaterial Peso de uma Solidão 
no meio de outras.

AFINAL, QUANTA ÁGUA DEVEMOS BEBER POR DIA?

Quantidade adequada traz benefícios aos rins, 
pele, intestinoe até ao sistema respiratório. 
Mas excesso de líquido no organismo 
pode sobrecarregar alguns órgãos.
 Na faculdade, na academia, no escritório, lá estão elas: as garrafinhas de água. Companheiras inseparáveis de alguns, elas ilustram um comportamento que virou mania: beber água, muita água. Celebridades dizem que é a receita para a beleza: garante o peso de pluma das modelos, a pele de pêssego das atrizes, a saúde invejável dos atletas. Mas será que a água é capaz de fazer tudo isso?
Ela sozinha, claro, não faz milagres. Mas é incontestável o benefício que a hidratação adequada traz ao bom funcionamento do organismo. Beber água evita problemas nos rins, ressecamento da pele, regula o intestino, elimina as toxinas e ajuda a prevenir problemas respiratórios. 

Embora os benefícios sejam indiscutíveis, há quem defenda que beber água demais também pode trazer implicações para a saúde.
De acordo com o nefrologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Rogério Andrade Mulinari, é difícil dizer a quantidade certa que uma pessoa deveria ingerir de água por dia. 

“É preciso lembrar que ingerimos água não apenas pura, mas na alimentação. Em sopas, leite, frutas e legumes. Algumas frutas têm 80% e até 90% de água, até mesmo as carnes têm 60% de água”, observa. 

Além do que vem na alimentação, o corpo produz ainda um litro de água por dia a partir de processos metabólicos. Juntando tudo que é absorvido e metabolizado, cerca de dois litros de urina são eliminados diariamente. 

Outro litro é perdido em decorrência de processos orgânicos, como respirar, transpirar e evacuar. “Se precisasse tirar uma média, daria para dizer que de dois a quatro copos de líquidos diariamente já seriam suficientes para manter esse equilíbrio”, afirma.
Na pele
Embora durante o inverno seja natural que as pessoas sintam menos sede, isso não significa que a necessidade de hidratação seja menor. Em épocas mais frias, são mais comuns problemas de pele, como alergias e dermatites. “O tempo seco, o frio e banhos com água muito quente acabam ressecando a pele. 

Transpiramos menos e por isso a pele fica mais seca”, explica a dermatologista Fabiane Brenner. Segundo ela, além de tomar água, reduzir o tempo no banho, não deixar a água tão quente, usar menos sabonete e passar hidrantes são medidas que ajudam a evitar o ressecamento.

Além de hidratar a pele, o consumo de água auxilia no bom funcionamento do intestino, evita o surgimento de cálculos renais e diminui as chances de infecções respiratórias. 

“Com o frio e o tempo seco, as mucosas ficam desidratadas, ressecadas, há menos produção de muco e por isso maior risco de irritação e infecções das vias respiratórias. A água ajuda a hidratar as mucosas e formar uma barreira de proteção”, esclarece o pneumologista do Hospital Vita Batel, Ricardo Alves.
Se por um lado existem todos esses argumentos a favor das companheiras garrafinhas, há estudos que contestam o consumo excessivo de água. Uma pesquisa do Centro Superior de Investigações Científicas da Espanha e do Instituto de Medicina dos Estados Unidos sugere que uma mulher adulta deveria ingerir 2,7 litros de água, enquanto que um homem deveria consumir, 3,7 litros, já incluindo todas as fontes de água. Segundo a pesquisa, pessoas de baixo peso teriam risco de “intoxicar-se” por água, se exagerassem no consumo.
A redução a níveis extremos de alguns minerais, como o sódio, provocaria tremores, confusão e perda de memória. O excesso de líquido no organismo seria capaz ainda de sobrecarregar os rins e coração. 

“O coração funciona como uma bomba hidráulica. Quem sofre de insuficiência cardíaca tem menos força nesse bombeamento, nesses casos, se tiver excesso de líquido no organismo o coração fica ainda mais sobrecarregado”, explica o cardiologista do Hospital do Coração, Mário Cérci. 

No entanto, ele esclarece que essas situações são restritas a casos de pacientes com insuficiência renal ou cardíaca. “A população em geral não deve ter problemas pelo consumo de água”, afirma.
Água com sabor
Para quem não gosta de beber pura, e abusa das águas com sabor ou gaseificadas, a nutricionista Marilize Tamanini faz um alerta. “Águas com sabor podem ser uma boa para variar, mas também não devem ser um hábito, já que são produtos adoçados e não substituem a água pura. Águas gaseificadas não são tão ruins quanto os refrigerantes, mas não devem ser consumidas em excesso”. Segundo ela, sucos naturais e chás sem cafeína são a melhor opção. “Se optar por um suco, que seja natural. Sucos artificiais têm conservantes e açúcar, e trazem mais prejuízos que benefícios”, alerta.
Garrafinhas
Para que as garrafinhas de água não passem de aliadas para inimigas da saúde, é preciso ter alguns cuidados com a higiene. De acordo com o biomédico Roberto Figueiredo, o Dr. Bactéria do quadro “Tá Limpo”, do Fantástico, é importante lavar a garrafinha todos os dias com água e sabão e trocar a água com freqüência. “Se você comprar uma garrafinha dessas que os atletas usam, é preciso lavá-la antes de usar.


 Ponha em uma solução de um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária e deixe mergulhada por dez minutos. Isso vai eliminar as bactérias”, explica. Segundo o biomédico, embora a água não seja um ambiente muito atrativo para as bactérias, uma vez que não há muito alimento para elas, o contato com a boca pode ocasionar a proliferação de microorganismos. 

“Por isso se deve lavar o bocal, trocar a água com freqüência e não compartilhar a garrafinha com ninguém”, aconselha.

MARTHA MEDEIROS - De cara lavada

Hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos.

QUEM DIRIA - Geraldo Carneiro

Geraldo Carneiro
a Lúcia e Luís Fernando Verissimo

Ser cético era sonho de consumo
quando eu me consumia sendo jovem,
ser joyce, guimarães ou ser vinicius
no trânsito das musas musicais.
naquele tempo ainda não sabia
que a mim só me cabia ser eu mesmo,
entre as estrelas e as revoluções,
ao menos cá, no cais do coração.
hoje mudei, ulysses de mim mesmo,
procuro milha ilha em Tordesilhas,
uma sereia que me faça bem,
me faça mal, me faça quase tudo.
eu que só tinha o credo dos ateus
quero que a vida voe sempre assim
no piloto automático de Deus.

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - Musas


Desde que Homero pediu à Musa que iniciasse o relato da Odisséia por onde elaquisesse os escritores esperam das deusas da arte não apenas inspiração como instruçõesespecíficas: como e por onde começar, que estilo usar, o tom, o tamanho, tudo. Mesmoquem procura o assunto e como tratá-lo em sofridos mergulhos dentro do próprio cérebro oudedica-se a infindáveis rituais de preparação antes de escrever a primeira linha, confiandono poder da encantação para constranger o talento preguiçoso a aparecer, está, na verdade,atrás da musa. Não uma musa metafórica, apenas outros nomes para o mistério da criação.

Uma musa mesmo. 

Uma mulher, com ou sem toga, que sente ao seu lado e lhe diga: escrevasobre isto, escreva deste jeito, comece assim ― e ainda lhe dê a primeira frase...― Escreva aí: desde que Homero pediu à Musa que iniciasse o relato da Odisséia por...― Mas... Quem é você?― Sua musa.― Finalmente!― Não se entusiasme demais. Você ainda terá que fazer o trabalho pesado. 

Nós nãoescrevemos nada. Ainda mais em computador.― Mas você é tudo que eu estava esperando. Alguém que me dê idéias sem eu precisar espremer o cérebro, ou ficar esperando a inspiração jogando paciência, que leva atudo menos à inspiração. Você está aqui. Ao meu lado. 

A inspiração em carne e osso! Vemcá!― Epa. Olha o assédio sexual no local de trabalho. Musa não é secretária!― Desculpe. Eu só queria abraçá-la, eu... Que musa é você?Calíope? Clio? Thalia?― Tá brincando? Essas são do primeiro time. Quem você acha que é, Homero? Eusou a musa da crônica em jornal.― Como é seu nome?
Julinha.― Por que será que as musas são mulheres, Julinha? Por que a arte, para os gregos,no fundo era coisa de mulher?― E eu sei? Escreve aí: "Desde que Homero..."― Ou vocês são, na verdade, uma projeção das nossas mães? 

Como as nossas mães nos alimentavam com seu leite, vocês alimentam o nosso cérebro com idéias. Como asnossas mães guiavam os nossos primeiros passos, vocês guiam a nossa mão no papel, ou noteclado. Todo artista é, no fundo, um exilado da mãe querendo voltar para o seu domínio.Será isso?― Nós estamos aqui para trabalhar ou...?― As escritoras mulheres, têm musos?― Escuta. Me mandaram aqui para ajudar você. Eu já lhe dei a idéia. 

Escrever sobre as musas. Sua importância na antiguidade, sua história no Olimpo, onde cantavamacompanhadas pela lira de Apolo, sua rivalidade com as Sereias, etc. Só aí você já temassunto para vários domingos. Mas essa especulação pseudopsicológica sobre o significadooculto das musas, nesta forma de diálogo, não foi idéia minha. 

Ou você pára ou...― Ou os gregos apenas representaram, nas Musas, o fascínio de todas as mulheressobre todos os homens, já que tudo que o homem faz é para impressionar ou escapar damulher? Tudo ― guerras, cidades, máquinas, civilizações e, claro, arte ― ou é paquera ou éterror, ou é conquista ou é fuga. A mulher domina a mente do homem, o cérebro de todohomem é um templo em que as mulheres são estátuas e sombras, mães e prostitutas, servas einvasoras. As musas são as sacerdotisas desse templo, instaladas pelos deuses para pôr ordem no caos, ou canalizar o caos para a arte.― Eu vou embora.― Espere! Tive outra idéia que não é sua. Por que as musas são mulheres, se hámais artistas homens que mulheres? Se homens fazem arte seria natural que homensinspirassem a arte. 

Mas o homem, ao criar a arte, está imitando a mulher que cria a vida. Aíestá a lógica dos deuses ao criarem as Musas. Eles estavam expressando a sua inveja doútero! Tudo se encaixa, tudo é simétrico e clássico, tudo se explica. Pois, se as mulherescriam a vida impregnadas pelo homem, é natural que os homens criem a arte impregnados pelas mulheres. As Musas não são inspiradoras, são reprodutoras. 

São garanhões etéreosespalhando sua semente penitente em nossos cérebros, para nos igualarem a elas na criaçãode vida.― Tchau.― Você já vai?!― Foram os garanhões etéreos.― Não vá ainda. Eu preciso de um fim para o meu raciocínio. Talvez as musasestejam, no fundo, zombando de nós. Talvez o ato de impregnação seja não uma penitência para nos dar o mesmo poder que têm as mulheres, mas uma reafirmação da suasuperioridade. 

Pois por mais que nos inspirem, nos semeiem com idéias e nos fertilizemcom frases, jamais daremos à luz vidas de verdade. Serão sempre ficções, vidas falsas,mundos postiços, épicos hipotéticos com heróis de mentira, ou crônicas indecisas commusas inventadas. 

O que você acha? Ei, onde está você? Eu preciso de um final. Você medeu um começo, agora me dê um fim. Musa! Julinha! Um final. Eu preciso de um final! 
Volta!

MARTHA MEDEIROS - Mais uma de amor

Que algumas pessoas não acreditem que o homem esteve mesmo na lua, dá até pra entender, mas tem gente que não acredita em amor, e isso é imperdoável. Podemos não acreditar no que nossos olhos vêem, mas não podemos desacreditar no que sentimos. Você já ficou com a boca seca diante de uma pessoa? Já teve receio de ela estar ouvindo as batidas do seu coração? Bem, isso tudo não é prova de amor, apenas de ansiedade. Amor é outra coisa. Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.

Amor é quando você não compreende direito algumas coisas, mesmo tendo o QI mais elevado da turma, mesmo dominando o pensamento de Sócrates, Plutão e Nietzche. Perguntas simples ficam sem resposta, como por exemplo: como é que eu, sendo tão boa gente, tão honesto e com um coração tão grande, não consigo fazê-la perceber que ela seria a pessoa mais feliz do mundo ao meu lado? Amor é quando você passa dias sem ver quem você ama, depois passam-se meses, e aí você conhece outra pessoa e passam-se décadas, e você já nem lembra mais do passado, e um dia qualquer de um ano qualquer você se olha no espelho e pensa: como é que eu consegui enganar a mim mesmo durante todo esse tempo? Amor é quando você sente que seria capaz de amarrar o cadarço de um tênis com uma única mão ou de fazer a chuva parar só com a força do pensamento caso a pessoa que você ama lhe mandasse um sim deste tamanho.

Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres.

Tudo isso pode parecer uma grande dor, mas é uma grande dádiva, porque a existência do amor está toda hora sendo lembrada.

Dor é quando a gente está numa relação tão fácil, tão automática, tão prática e funcional que a gente até esquece que também é amor.

DANUZA LEÃO - Mulher tem memória

Você é medrosa? E quem não é? E de que você tem medo? 
Bem, existem os medos básicos: 
de barata, de rato, de cobra, da escuridão.

Mas existem outros, nos quais quase não se pensa, mas dos quais se tem pânico -e esses são os piores.

São os medos subjetivos, quando se faz algo que não se deveria, de ser punida; por um pai imaginário, por Deus, por um alguém que não faz outra coisa a não ser olhar atentamente para tudo que você faz, para premiar ou castigar. De preferência, castigar.

Existem outros medos nos quais não se pensa mas que são permanentes: medo de ficar doente, de ficar velha e sozinha, de morrer. Quando se pensa em todos esses medos, chega a surpreender como podemos, às vezes, passar horas falando bobagem e dando risada.

Quando criança, você teve medo de seu pai? Se teve, vai passar a vida inteira tendo medo do marido e do patrão, símbolos da autoridade masculina.
E o medo da maldade? E do olho grande?

Medo tem a ver com culpa, e quem é culpada vive sempre com medo do castigo.

Existem as pessoas que não são culpadas de nada, e as que são culpadas de tudo. As primeiras passam pela vida felizes, felizes; já as outras acham que, se no lugar de terem comprado aquele batom tivessem mandado o dinheiro para os necessitados da África, teriam pelo menos feito sua parte. Como é difícil viver.
Mas é preciso não confundir o medo com a covardia, e às vezes -aliás, o tempo todo- é preciso se posicionar, sem medo. Se posicionar, no caso, é apenas organizar seus pensamentos e ter suas opiniões, o que, se para alguns é simples, para outros é quase impossível.

Por que será? Serão essas pessoas tão reprimidas que isso as impede não apenas de dar sua opinião mas até de terem uma? Ou será medo?

Existem alguns medos bem concretos: da reação daquele homem quando você anuncia que está indo embora. Com todas as conquistas que as mulheres conseguiram, nessa hora o medo é físico -afinal, os homens costumam ser agressivos, mais fortes que nós (fisicamente), e às vezes, quando feridos, passam dos limites. Outro medo é quando, já com o novo, você cruza pela primeira vez com o que foi abandonado.

Mas os homens também têm seus medos, sobretudo quando são eles que abandonam. As mulheres -mais emocionais e menos civilizadas- são capazes de tudo, quando deixadas; mulher não esquece -nem perdoa.

Aconteceu com um casal de velhinhos -bem velhinhos mesmo- que estava visitando a filha, num domingo. Falavam sobre o passado, e num determinado momento ela perguntou -afinal, já havia tanto tempo- se ele havia tido um caso com uma determinada mulher, décadas atrás, o que na época ele negou com firmeza.

A conversa estava tão amena, a paz tão grande, com a família toda reunida, que ele disse que sim, era verdade. Ela avançou no pescoço dele e foi preciso a filha e o genro para separá-los. Apesar de já terem passado dos 80, ela passou meses sem falar com ele.

E é bom que os homens também tenham medo, pois uma mulher com raiva é muito mais perigosa do que um homem com um revólver na mão.

LUIZ PAULO HORTA - É no presente que se joga a eternidade

Uma das consequências da visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro foi trazer à memória o simples fato de que o Brasil é o maior país católico do mundo. Parte do entusiasmo, do quase delírio que cercou essa visita vinha de uma cultura embebida em raízes cristãs. Isto se refere sobretudo à piedade popular, um dos temas preferidos de Francisco, traduzido em fenômenos como as devoções de Aparecida.

Partindo do fato de que a visita foi um sucesso, a pergunta é: de que maneira ela poderá afetar a realidade do catolicismo no Brasil, que, como se sabe, perde terreno para as correntes evangélicas?

A resposta depende de uma mudança profunda, que pode ou não acontecer. O catolicismo é tão antigo, no Brasil, que acabou confundindo-se com a própria estrutura da sociedade. A vida católica, para uma parte dos 80 ou 90% de brasileiros que se declaravam católicos, era uma coleção de ritos: batismo, crisma, primeira comunhão (com a regulamentar roupinha branca), casamento, bodas disso, bodas daquilo, e, finalmente, os ritos mortuários, sobretudo a missa de sétimo dia, em que a família dá à sociedade uma última satisfação.

Não há nada de errado com isso — ritos estão entranhados no cotidiano de todas as civilizações conhecidas e cumprem funções insubstituíveis. O problema é você ficar só nisso, e achar que já está bom.

Por essa brecha entraram as correntes evangélicas, que, por serem mais novas, são mais informais e mais calorosas. Elas oferecem aos seus seguidores diferentes formas de vida comunitária, promovendo muitos encontros, organizando atividades (e, claro, pedindo uma colaboração financeira).


É esse quadro que o Papa Francisco deseja mudar — e, em tese, ele tem condições para isso. Nesses dias de Brasil, ele se revelou um comunicador incomparável, capaz de dizer coisas profundas na linguagem mais simples. E o que ele propõe é quase uma volta às origens da Igreja. A volta a uma comunidade autêntica, reunida em torno de uma vida sacramental que significa reviver o mistério do Cristo.

Isso implica o contato direto e constante entre as pessoas. Daí se chega até o papamóvel sem vidros. Como ele disse aos jornalistas, em seu voo de retorno a Roma: “Por ter menos segurança, eu pude estar com as pessoas, abraçá-las, saudá-las, sem carros blindados. Sempre existe o perigo de que um louco faça alguma coisa, mas a verdadeira loucura é criar um espaço blindado entre o bispo e o povo. Prefiro o risco a essa loucura”.

Todo o Bergoglio está nessa colocação. Ele é o pastor que vai em busca da ovelha perdida onde ela estiver. É o pai que acolhe o filho pródigo com uma festa. É o Papa que diz: “A Igreja deve ser a facilitadora da fé, e não o contrário”. É o Papa que diz: “Quem sou eu para julgar os gays?”

E nessa coleção de posturas ele é, acima de tudo, o homem do Encontro.

Encontro como troca de vida. Encontro que não divide as pessoas em amigos e inimigos, como gostam de fazer alguns regimes políticos. Neste sentido, ele é o homem do futuro. Mas não gosta que digam isso. Porque ele sabe que no presente é que se joga a eternidade.

FERREIRA GULLAR - Crise de sensatez

Não resta dúvida de que o universo, por suas dimensões, está para além da compreensão humana

É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.

Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz "Fulano é loucão". Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.

Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.

Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.

Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.

Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.

Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.

Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.

Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.

Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.

A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.

A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la.


Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

CAETANO VELOSO - Escapismo

Pedro Almodóvar, ao optar escancaradamente pela comédia em seu filme “Amantes passageiros”, disse que era natural querer rir das coisas, quando a Espanha está com problemas tão difíceis de resolver.

Quando eu escrevia crítica de cinema em Salvador — e só andava com cinéfilos — a gente ouvia sempre que, durante a depressão dos anos 1930, Hollywood se voltou para as comédias: era um modo de fugir da realidade sombria. Pedro Almodóvar, ao optar escancaradamente pela comédia nesse seu “Amantes passageiros”, disse que era natural querer rir das coisas, quando a Espanha está com problemas tão difíceis de resolver (embora ele tenha enfatizado o aspecto alegórico da trama em que um punhado de gente não sabe onde vai parar). O filme foi mal recebido pela crítica, tanto aqui quanto na Espanha natal — e, quem sabe, em outras paragens —, mas eu fui assistir e gostei.

Não diria que tenho motivos para defendê-lo criticamente. Apenas gostei de como ele é filmado. As cores são fotografadas de modo incrivelmente elegante. O movimento de câmera que vai da visão do avião de meio-perfil (e em contre-plongé) até a espiral que gira no centro da turbina é muito bonito — e essa firmeza de composição, por incrível que pareça, se mantém por todo o filme. É verdade que a gente ri mais no que resulta engraçado em meio aos melodramas do diretor do que nesta comédia que finge gritar “eu sou uma comédia” desde as primeiras imagens. Digo que finge porque a estilização irrealista e as caracterizações caricatas são pensadas para dar esse grito, mas o gosto refinado com que elas são realizadas (um ultracolorido diferente do ultracolorido dos outros filmes de Almodóvar) o amortece. Não de todo — e seguramente não de modo desagradável. Ao contrário: os debruados das poltronas do avião e das roupas dos aeromoços compõem sempre visões relaxantes e doces ao olhar. Mas a unidade com que isso se mantém através do filme, invadindo ruas e casas de Madri, aonde a película desce através de telefonemas de passageiros que falam com amantes em terra (na parte que talvez seja a mais quente de um filme suavemente frio), não ajuda a produzir gargalhadas.

Estou em Curitiba, onde acabo de fazer show num teatro muito bom de acústica. Depois saí para jantar com os caras da banda. Na TV do restaurante (é muito comum hoje em dia restaurantes terem aparelhos de televisão nas salas) vi imagens de pneus sendo queimados em estradas, líderes do MTST e da Força Sindical dando entrevistas, reincidência de truculência da polícia carioca, nesta quinta-feira de greve geral. 

Os pensamentos que se esboçavam em minha mente diante dessas imagens me faziam lembrar da tese do escapismo do cinema diante de crises. Pensei em Almodóvar e no que senti diante do filme dele. Mas pensei no sucesso de “Minha mãe é uma peça”, filme muito mais engraçado do que o do meu amigo espanhol, que vem reafirmando a tendência do público brasileiro para fruir comédias. Terá tal tendência prefigurado uma crise que parecia não existir faz um mês? Que, na verdade, parecia impossível de eclodir? Nada no filme de Pedro me deixou triste. Não é um bom filme, mas, mais importante, não é um filme mau. É bondoso. Mas tudo me deixa alegre no filme de André Pellenz. As risadas espontâneas que ele provoca, o sucesso que faz, a surpresa que é ver Paulo Gustavo fazer uma mulher na telona e nunca o fato de ser um cara travestido se sobrepor à credibilidade das situações, mesmo as mais naturalistas. E Niterói! Que beleza ver Niterói tão poeticamente captada num filme! Fiquei emocionado e me lembrei de quando conheci Paulo Gustavo, por intermédio de Luana Piovani, atuando ao lado de Fábio Porchat. 

E, bem depois, de quando vi “Minha mãe é uma peça” ainda no teatro, aonde fui mais de uma vez com meu filho Tom, que era ainda bem pequenininho e adorava o espetáculo (hoje ele tem 16 anos: já foi ver o filme e me disse que gostou e achou engraçadaço). Tudo isso me enternece. Se é para escapar das preocupações que a pergunta sobre a entrada dos sindicatos e dos grupos sociais organizados na onda de protestos põe para os políticos, as novas cores de Almodóvar servem de calmante, mas as falas da mãe niteroiense (e de seus irresistíveis filhos, amigos, parentes, ex-marido e desafetos) nos arrancam da cadeira e nos sacodem (no sentido pernambucano da palavra) os grilos fora.

POLITICAMENTE CORRETO: O QUE VOCÊ PODE FALAR, AFINAL?


A onda do politicamente correto cresceu a ponto 
de tolher a liberdade de pensamento. 
O maior problema, porém, é outro: a reação torna tudo o que é incorreto "bacana". 
E abre espaço para a intolerância.


"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus." A fala é de um show de comédia stand-up de Rafinha Bastos. O Twitter foi inundado de mensagens com variações do tema proposto por Mayara Petruso - a estagiária de direito que recomendou o afogamento de nordestinos. Claro que nem Rafinha está defendendo o estupro nem os afogadores de imigrantes são necessariamente homicidas em potencial.

Boa parte dessa truculência é uma reação à onda politicamente correta das últimas décadas. A incorreção, nesse sentido, virou uma arma para defender a liberdade de expressão, que só existe quando você também é livre até para pensar o impensável e dizer o impronunciável.

Mas o que acontece quando o impensável agride o próximo gratuitamente? Para entender como chegamos a esse nó, vamos para a origem do termo "politicamente correto". Ele apareceu pela primeira vez com um significado bem diferente do que usamos hoje: na China dos anos 30, surgiu para denotar a estrita conformidade com a linha ortodoxa do Partido Comunista, tal como enunciado por Mao Tsé-tung. Mas, o significado com que a expressão chegou até nós é uma criação dos Estados Unidos dos anos 60.

Na época, universitários americanos abraçaram a defesa dos direitos civis, seja das mulheres, seja dos negros. Era uma época de transformações na sociedade: as empresas e universidades, antes habitadas só por brancos, agora viam chegar mulheres, negros, gays, imigrantes. Era preciso ensinar as pessoas a conviver com a diferença. Nisso, negro virou african-american, ("afro-americano"), fag ("bicha") virou gay ("alegre"). O paradoxal aí é que, pela primeira vez na história americana, quem buscava estender os direitos civis também advogava por uma limitação na liberdade de expressão.

O passo seguintes viria com os anos 90. Mais especificamente com a derrocada do mundo comunista. O fim do socialismo mudou a agenda dos grupos de esquerda. Se antes a busca pela igualdade era a busca pela diminuição das diferenças entre as classes sociais, agora era pela eliminação das "classes pessoais". Tratava-se de não estigmatizar as pessoas por aquilo que elas eram - afinal, não faz sentido aumentar o peso do fardo que cada um tem de carregar na vida. Dessa maneira, não bastava combater só o sexismo e o racismo. E "obesidade" virou "sobrepeso"; "deficiência física" virou "necessidade especial"...
Só que o método, por mais bem-intencionado que seja, é inócuo. Quem explica por que é o francês Ferdinand Saussure, o pai da linguística, num texto de 1916: "De todas as instituições sociais, a linguagem é a que oferece menor margem a iniciativas". Ela é utilizada por todos os membros de uma comunidade, que, por esta ser naturalmente inerte, acaba por conservar a linguagem. Qualquer interferência tende a ser rechaçada.
É aí que o debate começa, Politicamente corretos ficam do lado do conselho que a sua mãe dava: seu direito termina onde começa o do outro. Se o próximo se sente ofendido, você não pode falar. Ponto.

Parece um argumento inatacável. Mas tem um problema aí: quem é o juiz para decidir o que é certo e o que é errado, o que ofende e o que não ofende? Onde fica a liberdade de pensamento, de expressão? A ideia de que o direito de um termina onde começa o do outro vale aqui também: pode alguém retirar o direito do outro de dizer o que pensa?
Talvez por isso a transformação ideológica de palavras seja tão utilizada por governos: é uma ótima forma de revogar o direito de pensar. Tanto regimes autoritários - como o apartheid sul-africano, em que a palavra "miscigenação" virou "imoralidade" - quanto democráticos - como o dos EUA, que usou o termo "guerra preventiva" para o ataque unilateral ao Iraque - usaram do expediente. No mundo do politicamente correto isso é o equivalente a chamar de "melhor idade" a época da vida em que vemos multiplicar o valor do plano de saúde.

De boa intenção, o politicamente correto passa a ser visto como hipocrisia. E de hipócrita a algo fundamentalmente errado. Como lidar com o excesso de correção política, então? Não temos a pretensão de dar uma resposta definitiva. Mas sair xingando os outros de gordo, aleijado, retardado e baranga estuprada é que não vai ser. Se fosse engraçado, talvez até funcionasse.Mas não. Não é . 
(por Maurício Horta)

BÍBLIA COM 1.500 ANOS PREOCUPA O VATICANO

Uma Bíblia com mais de 1500 anos, descoberta na Turquia, causa preocupação ao Vaticano. Isso porque a tal bíblia contém o evangelho de Barnabé, que teria sido um dos discípulos de Cristo que viajava com o apóstolo Paulo e descreve Jesus de maneira semelhante à pregada pela religião islâmica.

O livro teria sido descoberto no ano 2000, e foi mantido em segredo na cidade de Antara. O livro, feito em couro tratado e escrito em siríaco, um dialeto do aramaico, língua falada por Jesus, tem as páginas negras, por causa da ação do tempo. De acordo com as notícias; peritos avaliaram o livro e garantiram que o artefato é original.

Autoridades religiosas do Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.

O Vaticano teria demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e seu conteúdo.

Acredita-se que a igreja Católica durante o Concílio da Nicéia tenha feito a seleção dos Evangelhos que fariam parte da Bíblia, suprimindo alguns, dentre deles possivelmente o Evangelho de Barnabé. Há ainda a crença de que existiram muitos outros evangelhos, conhecidos como Evangelhos do Mar Morto.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Desejos





Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor

Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
 Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça


Uma festa , Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco, Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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